Organizar as contas

Diferenças de até 500%: 5 dicas para comparar preços

Tanto nas crises econômicas quanto nos períodos de estabilidade inflacionária a pesquisa de preços pode ser uma grande aliada na hora das compras

Uma boa pesquisa de preços sempre ajuda o consumidor. A diferença cobrada por um mesmo produto em dois estabelecimentos diferentes pode chegar a mais de 500%, segundo pesquisa da Proteste, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor. 

É por meio da comparação de ofertas que os clientes podem se proteger das oscilações discrepantes de preços, segundo o Procon-SP, em nota. A fundação explica que a variação de preços é natural, mas cabe ao consumidor procurar os melhores valores e fazer escolhas inteligentes. 

Para Mariana Rinaldi, especialista em relações institucionais da Proteste, a pesquisa de preços traz clareza ao consumidor, que passa a acompanhar o real valor dos produtos e serviços. “Ele identifica, rapidamente, quando um preço é abusivo ou não.

Outra vantagem é coibir compras impulsivas e desnecessárias, protegendo o consumidor do endividamento excessivo”, diz.

Como fazer uma boa comparação de preços?

Apesar de ser relativamente simples, a comparação de preços pode ser uma aliada poderosa na hora de fechar as contas do mês. A estimativa da Proteste é que, só no supermercado, um consumidor que compara preços pode economizar, ao ano, até R$ 6 mil se fizer as melhores escolhas.

“Essas pequenas economias, quando projetadas em um período de tempo mais longo, representam uma grande diferença no orçamento doméstico”, afirma Rinaldi.

Para te ajudar a fazer a melhor pesquisa, o Bora Investir separou 5 passos que vão te ajudar na hora de comparar preços:

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  1. Antes de comprar, dê uma volta 

Muitas vezes, os pontos de venda mais frequentados também são os mais caros. É comum que os preços abaixem drasticamente, ou se elevem, ao visitar um estabelecimento vizinho.

Em uma mesma rua, a variação de preço de um único produto pode superar os 100%, segundo a Proteste. Por isso, nunca compre de primeira!

2. Faça a compra no atacado 

Redes atacadistas têm, por tradição, preços mais competitivos que os supermercados maiores. Nas cadeias de lojas mais caras, as compras podem custar até 45% a mais, estipula a Proteste. Por isso, vale a pena considerar um mercado diferente, ainda mais se a compra será feita em grandes volumes.

3. Considere o combo 

É comum se deparar com promoções que incluem “dois produtos pelo preço de um” ou “na compra de três, o quarto sai com desconto”. Podem parecer tentadoras e, muitas vezes, são mesmo. Mas, lembre-se de avaliar o valor do produto unitário e, principalmente, se vale a pena levar mais de um.

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4. Desconfie de preços muito abaixo do mercado

Se a esmola é muito grande, o santo desconfia. Alguns estabelecimentos oferecem descontos quase impraticáveis para o restante do mercado. O problema é a procedência dos produtos, que podem estar próximos da data de vencimento ou apresentarem defeitos.

Em alguns casos, a proximidade da data de expiração pode ser contornada pelo consumo imediato, e o problema pode não fazer tanta diferença na experiência de consumo. 

Já em outras ocasiões, o barato pode sair caro. Por isso, consulte tudo que consta na embalagem e pondere o preço e os possíveis custos paralelos da compra.

5. Observe qual a melhor data para a compra 

Algumas promoções relâmpago podem acontecer em determinados departamentos de uma loja, assim como feriados podem render bons descontos em determinados produtos.

Da mesma maneira, datas comemorativas podem elevar o preço das mercadorias mais procuradas.

Vale a pena se planejar para evitar superfaturamentos e, nos melhores casos, surfar a onda de boas promoções. 

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