Viagem dos sonhos: 15 dicas para acumular milhas e economizar com passagens
Com cautela, informação e disciplina, é possível fugir das roubadas, acumular milhas e ganhar uma passagem de avião sem colocar a mão no bolso
Acumular milhas para viajar de graça ou gastando o mínimo possível é o objetivo perseguido por muita gente. Tanto é que não faltam exemplos de pessoas dedicadas à compra e venda desses créditos.
Casos como o da agência de viagens 123milhas, além de ter causado prejuízo a muitos clientes, trouxeram dúvidas sobre o uso desse mecanismo. Afinal, é possível viajar usando milhas de forma segura? Sim, desde que sejam seguidos alguns cuidados para proteger o consumidor de decepções.
Rodrigo Góes, especialista em educação financeira em milhas do site Fábrica de Milhas lembra que muitos associam o acúmulo de milhas aos gastos com cartão de crédito, mas essa é apenas uma das formas de “engordar” a conta. Até porque não é preciso nem sequer ter um para juntar pontos e trocar por milhas das companhias aéreas, salienta Góes.
De acordo com ele, é possível se associar às empresas de fidelidade (como Livelo, Esfera e PDA) que bonificam com pontos as compras em lojas parceiras feitas por meio de seus programas. Essas empresas de fidelidade possibilitam acumular pontos no dia a dia, como na compra de itens para pets e de supermercado, de equipamentos esportivos e medicamentos, livros, aplicativos de transporte e de pedido de refeições.
“Nessas compras, quando se tem um programa de fidelidade atrelado, basta colocar o CPF ou chegar à loja pelo site da empresa de fidelidade, que os pontos vão para a conta”, explica.
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Como administrar os pontos acumulados?
A viagem pode ser ainda mais completa quando há uma boa administração da pontuação e benefícios oferecidos pelos programas. Além de conseguir trocar milhas por passagens aéreas, é possível conseguir o upgrade na cabine, se livrar de taxas extras sobre bagagens, ter desconto em hotéis e aluguel de carro.
“Por conta de tantos detalhes e oportunidades que é tão importante ter como ponto de partida entender o que é oferecido pelo cartão de crédito, pelo programa de fidelidade e pelas companhias aéreas”, salienta Góes.
Em meio a tantas facilidades, Augusto Yookiti Muraoka, dono do perfil Quero viajar na Faixa e também educador financeiro para milhas e servidor do Banco Central, alerta para o fato de muitas pessoas terem uma exposição muito grande de suas finanças quando decidem “mergulhar” nesse universo. Para isso, fazem vários cartões de crédito, perdem o controle das despesas e se endividam.
“O tempo me mostrou que vale muito a pena juntar pontos e trocá-los por milhas. Já tive experiências incríveis dessa forma. Agora, por exemplo, estou me preparando para uma mini-volta ao mundo”, conta Muraoka.
No entanto, Muraoka adverte quem pensa em entrar nesse negócio apenas com foco em ganhar dinheiro com a negociação de milhas. “O mercado de milhas não deve servir para comprar por um valor e vender para outro, porque esse tipo de movimentação exige muita informação, inclusive o acompanhamento do mercado financeiro para saber como as empresas que fazem parte dessa atividade estão”, explica o influenciador.
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Como viajar sem dinheiro, apenas com programa de milhagem?
Quer saber mais? Preparamos 15 dicas para se dar com os programas de milhagem. Confira:
- 1) Antes de decidir pelo programa de pontos do cartão de crédito, pesquise o que diz o contrato e atente-se sempre aos prazos, condições de uso e de transferência;
- 2) Feita a escolha, sempre esteja antenado às promoções no site do banco e aos e-mails. Muitas vezes os avisos de promoções vão para o lixo eletrônico e a oportunidade é perdida;
- 3) Ter um ou mais cartões de crédito para concentrar pontos a serem convertidos em milhas vai depender do nível de despesa mensal de cada um. Quem gasta pouco deve dar preferência a um cartão. É melhor qualidade, ou seja, quando há oportunidade de viajar mais, do que quantidade;
- 4) Pesquise sobre empresas de fidelidade (tipo Livelo e Esfera) que bonificam com pontos as compras em lojas parceiras feitas por meio de seus programas. Agora, seja cauteloso nas compras em lojas parceiras de empresas de fidelidade. Não adianta parar mais caro em uma camiseta só porque vai acumular pontos;
- 5) Se a prioridade é viajar, não perca o foco com a troca de pontos por produtos, a não ser que você realmente precise e se houver uma promoção muito vantajosa. Para saber se vale a pena, compare o valor das milhas com o da mercadoria desejada;
- 6) Lembre-se que as milhas podem servir tanto para uma passagem de graça quanto para fazer uma viagem de avião na classe executiva ou econômica com um custo bem menor. Portanto, avalie qual benefício é mais vantajoso para você;
- 7) Atenção ao prazo de validade ao acumular milhas. Mesmo que o volume seja pequeno, transfira antes para o programa de milhas da companhia aérea, assim você evita o risco de perdê-los;
- 8) Todas as promoções têm validade limitadas, normalmente são apenas poucos dias, tanto nos programas de pontuação dos bancos quanto das empresas de fidelidade e companhias aéreas. Por isso, é preciso agilidade na tomada de decisão sobre como usar os benefícios;
- 9) Atenção aos aceleradores de ponto dos bancos. Em alguns casos, o preço a ser pago “encarece” as milhas e torna a operação dispendiosa. O valor pago pode ser maior do que a compra de uma passagem em uma promoção;
- 10) Mesmo que queira fazer uma viagem para o exterior, pesquise os programas das companhias aéreas estrangeiras, que costumam ter code-share com companhias locais. Dependendo do programa, o desembolso em milhas pode ser bem menor;
- 11) Uma “pegadinha” que pode fazer o consumidor perder dinheiro são as promoções que anunciam, por exemplo, 150% de bônus para a transferência de pontos entre contas. Quando se vai fazer os cálculos do valor pago pela operação, percebe-se que o custo por milha é elevado;
- 12) Cuidado ao tentar fazer operações de compra e venda de milhas. Assim como em outras atividades, aí também há ações de golpistas. Troque indicações com amigos e parentes e cheque a reputação das empresas;
- 13) A venda de milhas tem restrições impostas pelas companhias aéreas que podem levar ao bloqueio da conta. Por isso, consulte as regras para não ter nenhum tipo de punição;
- 14) É preciso ter flexibilidade de agenda. Em períodos de alta demanda a quantidade de milhas exigidas pode ser maior. Em outras, quando há promoções, o desembolso pode ser menor; e
- 15) Por último, desapegue: não se prenda a um cartão que não traz as vantagens esperadas. Ao perceber que não há vantagens, transfira os pontos para a companhia aérea para só então encerrar o vínculo com o banco.
Animado em acumular milhas? Então agora é se disciplina, pensar nos melhores destinos e comprar a mala – de preferência, com cartão de crédito para começar a juntar pontos.
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