Índice de BDRs, o BDRX, tem desempenho superior ao S&P 500 no último ano; conheça as ações que mais subiram

Para quem quer investir em ações de bolsas ao redor do mundo sem sair do Brasil, os BDRs são uma opção que traz a praticidade de aportar pela bolsa brasileira e em reais, o que facilita o processo. Um levantamento da Economatica e da Guide Investimentos mostrou que em 12 meses, até 22 de março de 2024, o índice BDRX teve desempenho superior ao índice S&P 500 e ao ETF IVVB11, que replica o índice norte-americano.

O BDRX é o indicador do desempenho médio das cotações dos BDRs Não Patrocinados, autorizados à negociação na B3, sendo importante para monitorar o desempenho desses ativos no mercado brasileiro.

Já o S&P 500 é um dos principais indicadores do mercado acionário dos Estados Unidos, composto pelas 500 maiores empresas do mercado americano. O IVVB11, por sua vez, é um ETF que replica o desempenho do índice S&P 500, incluindo a variação cambial.

Desempenho do BDRX, S&P 500 e IVVB11

Como mostra o gráfico, o BDRX tem desempenho superior aos outros dois indicadores, seja nos recortes temporais do último mês, seis meses ou no último ano. No acumulado dos 12 meses, o BDRX teve valorização de 35,7%, o S&P 500 subiu 32,9% e o IVVB11 27,6%.

Segundo Fernando Siqueira, head de Research da Guide Investimentos, um dos motivos para essa alta maior no índice brasileiro é sua composição. “No S&P 500, as sete magníficas – um grupo composto por Google, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla – representam 28% do índice, enquanto no índice brasileiro, o peso desses ativos corresponde a 43%”, afirmou.

Contudo, dessas ações, apenas a Nvidia aparece entre as 5 ações do BDRX que mais subiram no período, na terceira posição. A MicroStrategy e o Banco Inter lideram os BDRs com melhores desempenhos nos últimos 12 meses. 

BDRs de mais subiram em 12 meses

Empresa	Ticket
MicroStrategy	M2ST34
Banco Inter – Inter & Co	INBR32
Nvidia	NVDC34
Coinbase	C2OI34
Dell	DIEL34

Cenário de investimentos no exterior

Segundo o relatório da Guide Investimentos sobre o cenário externo, a visão ainda é boa para o momento, principalmente nos EUA. Entre os motivos estão: 

• Resultados positivos nos últimos balanços;
• É onde estão listadas as principais empresas de tecnologia e serviço do mundo;
• A rentabilidade das empresas é maior que a média mundial.

“Outro aspecto que nos deixa confortáveis com os investimentos no exterior é a proteção contra a depreciação cambial. Historicamente, momentos de maior estresse no mercado local são momentos de depreciação do Real. Nestes momentos, investimentos no exterior acabam contribuindo para melhorar o desempenho do portfólio”, destaca Siqueira.  

Por último, ele destaca que a taxa de juros deve começar a cair em breve nos EUA. “Historicamente, momentos de corte nos juros foram positivos para o mercado de ações americano. Tanto pelo fato de estimular investimentos em ativos de maior risco, como ações, como pelo fato de estimular o crescimento econômico, que também é positivo para o mercado de ações”, aponta. 

Já o principal fator negativo para se investir em ações no exterior atualmente é o “valuation esticado” do S&P 500. Isso quer dizer que as cotações das ações estão elevadas.

“Apesar dos bons resultados das empresas americanas, nos últimos meses a cotação das ações subiu mais que o lucro cresceu, o que fez com que a relação preço/lucro do S&P aumentasse”, explica.

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