Day Trade

Entenda a diferença entre copy trade e estratégias automatizadas

Apesar de serem confundidas, estratégias de copy e automação têm diferenças que precisam ser levadas em consideração

day trade, modalidade de negociação em que o investidor compra e vende um ativo no mesmo dia, tem ficado cada vez mais sofisticado. A variedade de plataformas e ferramentas que auxiliam os traders na tomada de decisão, inclusive com o uso de algoritmos, tem simplificado a experiência dos investidores que buscam o lucro de curto prazo.

Dois métodos que se tornaram populares entre os traders são o copy trade e as estratégias automatizadas. Apesar de serem confundidas, as duas modalidades têm diferenças que precisam ser levadas em consideração antes de serem adotadas.

Diferenças entre copy trade e estratégias automatizadas

Alison Correia, analista de investimentos e co-fundador da Dom Investimentos, explica que estratégias automatizadas geralmente são programadas por algoritmos, supervisionados por humanos, e são os robôs que executam essas ordens de forma automática.

“São conhecidos como HFTs (High Frequency Trading), que fazem às vezes operações muito rápidas ou podem ser operações um pouco mais passivas, mas quem faz isso é um robô, é tudo automático. Depois que o ser humano colocou a estratégia lá, ele não precisa mais mexer”, diz.

Importante destacar que cada estratégia automatizada segue um determinado parâmetro e regras de atuação. Por isso, é importante que o investidor observe quais comandos o algoritmo está programado para seguir. Além disso, é possível verificar a performance do robô em diferentes espaços de tempo.

Já o copy trade segue um padrão diferente, pois é um ser humano que está por trás das operações. “Quando o trader compra ou vende, essa ordem é replicada na plataforma de várias pessoas. Então, essa é a principal diferença. Na automação, não tem a mão humana, e no copy é o ser humano que está ali apertando o botão”, comenta o analista.

Como decidir entre o copy e a automação?

Levando em consideração as diferenças entre cada estratégia, o investidor que quiser seguir esse caminho deverá analisar os riscos e entender se prefere confiar em um trader experiente, mas com suas limitações e emoções, ou nos algoritmos.

Correia argumenta que, mesmo com o histórico de performance do trader ou de um robô, o investidor precisa ter em mente que o rendimento passado pode não se repetir. Por isso, ele sugere cautela. “É preciso começar pequeno, principalmente no início, para ir sentindo as operações e, caso elas deem certo, ir aumentando a exposição gradativamente”, diz. 

O analista ressalta também que, mesmo nas estratégias automatizadas, é preciso compreender que também existe um ser humano por trás dos algoritmos. “Entre os cuidados, o primeiro é entender bem quem é que está bolando a estratégia porque, seja pela automação ou pelo copy, sempre por trás de tudo isso tem um ser humano. Então, é necessário entender quem é, o histórico, esse cuidado é superimportante”, afirma.

Riscos de cada estratégia

Para Correia, os riscos desses métodos são os mesmos da renda variável e tanto um copy quanto uma estratégia automatizada podem ser vencedores ou perdedores. Porém, um ponto de atenção que deve ser observado em operações de day trade é a alavancagem, mecanismo que pode ampliar os lucros e as perdas.

Neste caso, em copy ou na automação, os investidores podem aumentar sua exposição no mercado. “O cliente pode colocar para aumentar a operação em cinco vezes, por exemplo, e cada vez que o trader apertar o botão uma vez, o cliente vai se posicionar cinco vezes. Então vai potencializar o ganho ou o prejuízo em cinco, oito ou até dez vezes. Então, no caso de uma operação negativa, obviamente pode ser muito prejudicial”, conclui Alison Correia.

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