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6 ETFs de commodities com melhor desempenho no ano na Bolsa

Confira as perspectivas para o setor

As exportações de commodities brasileiras movimentam bilhões de dólares, apesar da desvalorização no preço de vários bens primários em agosto. Os investidores com o perfil e apetite à volatilidade desse mercado podem encontrar seis maneiras de aportar recursos por meio da Bolsa de Valores do Brasil, a B3.

O País exportou US$ 31,101 bilhões em agosto, conforme o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Isso significa um recuo de 6,5% em relação ao mesmo mês de 2023, enquanto as importações somaram US$ 21,468 bilhões, alta de 13%. Com isso, o superávit comercial atingiu US$ 54,079 bilhões nos oito primeiros meses deste ano, o que representa uma queda de 13,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Porém, esse é o segundo melhor resultado para o período na série histórica aferida pelo Ministério.

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O desempenho das commodities também podem compor a carteira dos investidores. Uma das formas de fazer isso é por meio dos ETFs (Fundo Negociado em Bolsa, na sigla em inglês) ou pelos BDRs de ETFs (recibos de ativos estrangeiros, negociados no Brasil). Confira os que mais se valorizaram no ano até agora. Os valores levam em conta a cotação de mercado até o dia 27 de setembro.

ETFs de commodities na Bolsa que mais se valorizaram no ano

GOLD11 

Valorização de 51,80% no ano, cotado a R$ 15,19.

BIAU39

Valorização de 51,74% no ano, cotado a R$ 68,16.

BSLV39

Valorização de 51,12% no ano, cotado a R$ 52,50.

CORN11

Valorização de 5,31% no ano, cotado a R$ 6,35.

BBOI11

Valorização de 4,77% no ano, cotado a R$ 8,34.

BCOM39

Apresentou queda de 4,02% no ano, cotado a R$ 47,70.

O que esperar do setor de commodities?

Segundo o analista da Levante Inside Corp, João Abdouni, o ETF que mais se valorizou até agora foi o GOLD11, que acompanha a cotação do ouro. Os motivos por trás da sua valorização levam em conta a movimentação geopolítica global. “Este ETF segue o ouro, que apresentou alta expressiva por conta de questões como um grande volume de compra de Bancos Centrais, como o chinês, que vem se preparando para um possível confronto bélico com Taiwan entre 2027 e 2035”, afirma.

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Outra relação com a valorização deste ETF, segundo Abdouni, se deve à desconfiança de alguns países com a moeda norte-americana. “Alguns países do Oriente passaram a reduzir posição em títulos dos Estados Unidos e elevar posição no ouro após a retirada da Rússia do sistema global de pagamentos do Swift e o confisco das reservas daquele país. Neste sentido alguns países perderam confiança na moeda norte-americana.”

O corte de juros nos EUA também impacta o preço das commodities. O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) reduziu a taxa de juros para a faixa entre 4,75% e 5,00% ao ano. Esta foi a primeira redução de juros nos EUA desde o início da pandemia de Covid-19.

Essa medida influencia o preço de commodities metálicas, de acordo com Abdouni. “No ano a prata já sobe cerca de 33%, enquanto o ouro sobe 30%.”

Já a economista Isadora Araújo vê o impacto da redução de juros como um elemento de pressão de alta para os preços das commodities no cenário internacional. “Estatisticamente falando, a taxa de juros americana tem alto poder explicativo sobre o índice de commodities”, explica ela, em nota. “Com a tendência de redução, deve haver um estímulo da demanda por matérias primas, resultando em uma elevação de preços que deve refletir no índice global”.

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