Índices

Renda fixa ou variável? Conheça os índices com melhor desempenho em 2023

Índices dos setores imobiliário e financeiro estão entre os destaques. Renda fixa continuou atrativa no último ano

Uma mão masculina aponta para uma tela de computador, que possui gráficos em linha.
Profissional apontando gráfico: agentes autônomos terão de mostrar remuneração recebida pela venda de cada produto. Foto: Adobe Stock

Em 2023 quem investiu em ações do setor imobiliário, financeiro ou até mesmo em renda fixa se deu bem. Pelo menos é o que mostra os desempenhos desses índices no ano passado. Através dos indicadores, é possível ter um cenário geral de como um segmento da bolsa está se saindo.

Um levantamento da Economatica trouxe os 10 índices entre renda fixa e renda variável que mais tiveram retorno em 2023. Entre eles estão 6 indicadores de ações e 4 de títulos públicos. Confira!

Os 10 índices com melhores desempenhos de 2023:

Nome do índiceTipo de AtivoRetorno em 2023
Índice Imobiliário (IMOB B3)Ações53,27%
IDkA IPCA 30ARenda fixa34,93%
Financeiro (IFNC B3)Ações34,62%
IDkA IPCA 20ARenda fixa27,13%
Índice Dividendos (IDIV B3)Ações26,84%
Índice de BDRs (BDRX B3)Ações26,33%
IDkA Pré-fixado 5ARenda fixa25,44%
Índice Carbono Eficiente (ICO2 B3)Ações25,09%
Índice Tag Along (ITAG B3)Ações23,48%
IDkA IPCA 15ARenda fixa23,34%
Fonte: Economatica

Índice do setor imobiliário em alta

Entre os índices que tiveram melhor desempenho no último ano, a primeira posição ficou com o Índice Imobiliário (IMOB B3), que tem em sua carteira teórica ações de empresas do mercado imobiliária. O indicador teve 53,27% de crescimento em 2023.

Segundo o analista independente Ricardo Schweitzer, o resultado do IMOB foi beneficiado por três fatores principais. “Pela queda das taxas de juros longos, que tende a reduzir o custo do crédito imobiliário, pela recuperação da massa salarial, principalmente em função da desaceleração da inflação, que recompõe o poder de compra das famílias e pode reaquecer o mercado imobiliário e, por último, por expectativas envolvendo a nova fase do Minha Casa Minha Vida”.

Renda fixa ainda tem bom desempenho

Apesar do ano de 2023 ter dado início ao ciclo de cortes na Selic, os índices da Anbima, dos ativos de renda fixa, performaram bem. O segundo lugar do ranking ficou com o IDkA IPCA 30 anos, que subiu 34,93%.

Mesmo com as quedas, o patamar da taxa básica de juros ainda é considerado alto, o que beneficia papéis de renda fixa, principalmente os de longo prazo. Marcos Milan, professor da FIA Business School, afirma que os índices como IDKA 30 anos, 20 anos e 15 anos têm seu resultado atrelado à duration elevada dessas carteiras teóricas.

“Já o índice IDKA pré de 5 anos, apresentou uma rentabilidade condizente com a movimentação do investidor, de buscar títulos pré-fixados. Isso acontece uma vez que tanto taxa de juros quanto o IPCA têm apresentado estabilidade”, destaca.

O Índice de Duração Constante ANBIMA, conhecido como IDkA, apresenta o comportamento de aplicações de prazos fixos (vencimentos mantidos sempre com mesmo prazo) em títulos públicos.

Setor financeiro também em destaque

O Índice Financeiro (IFNC B3), que representa os setores de intermediários financeiros, serviços financeiros diversos, previdência e seguros, foi o terceiro mais rentável de 2023, com valorização de 34,62%.

Para Schweitzer, a tendência de queda da inadimplência e de melhora da margem financeira em função da queda dos juros curtos foram alguns dos impulsionadores do setor.

Ângelo Belitardo, gestor da Hike Capital, destaca a qualidade da carteira de crédito e o custo de capital dos grandes bancos. “Dentre os principais destaques no IFNC está o Banco do Brasil, com participação de 18%, cujas ações valorizaram cerca de 60% em 2023. O Itaú, com peso de 19%, teve valorização acima de 40% no mesmo período”.

Perspectivas para 2024

De acordo com o analista independente, para o setor imobiliário, 2024 é um ano de atenção. “Após um 2023 de forte desempenho alimentado por expectativas, 2024 é ano de vigilância sobre sua concretização (ou não)”.

Já para o setor financeiro, ele acredita que o desempenho ainda pode ficar acima da média, pois diversas das ações integrantes de sua carteira seguem consideradas baratas. 

Belitardo reforça que o aumento no volume de negociações advindas dos investidores estrangeiros e institucionais também deverá impulsionar os ganhos da B3 em 2024, favorecendo o comportamento do índice.

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