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B3 e Nubank lançam índice de dividendos e ETFs com remuneração mensal

Índice é o primeiro derivado do Ibovespa B3 em 55 anos

No dia 29/09, começam as negociações do novo índice da B3, o Ibovespa Smart Dividendos, feito em parceria com o Nubank. É o primeiro índice derivado do Ibovespa, e sua carteira inclui empresas listadas nele que se destacam por pagar dividendos aos acionistas.

“As empresas não podem pagar de vez em quando. Para entrar na carteira, elas precisam ter consistência no pagamento”, disse Hênio Scheidt, gerente de índices da B3. As companhias consideradas serão aquelas que pagam os maiores valores de dividendos em relação ao preço da ação. Esse critério também será utilizado para ponderar o peso da ação na carteira, além da recorrência e menor oscilação nos proventos pagos. Isso significa que terão maior peso na carteira as empresas que pagam maiores valores proporcionais, com frequência e valor constantes ao longo dos anos.

Os principais índices das bolsas de valores do mundo

Ao final do pregão de amanhã, a pontuação índice foi divulgada pela primeira vez e, na segunda-feira, 02/10, será possível acompanhar a variação da sua cotação nos terminais em tempo real. A carteira será recomposta quadrimestralmente, assim como o Ibovespa original.

A primeira carteira, que conta com 21 empresas, é esta aqui:

CódigoEmpresaPeso
TAEE11Taesa5.80%
VIVT3Telefônica Brasil5.80%
BBSE3BB Seguridade5.69%
SANB11Banco Santander (Brasil)5.54%
EGIE3Engie Brasil5.49%
ITSA4Itausa AS5.36%
BBAS3Banco do Brasil 5.31%
BRAP4Bradespar5.31%
CMIG4Companhia Energética de Minas Gerais S.A5.31%
CPLE6Copel4.83%
CPFE3CPFL Energia4.72%
CSNA3Companhia Siderúrgica Nacional4.62%
VALE3Vale4.59%
GGBR4Gerdau4.52%
VBBR3Vibra Energia4.39%
CYRE3Cyrela4.38%
GOAU4Metalurgica Gerdau AS4.24%
CIEL3Cielo4.21%
PETR4Petrobrás 4.13%
CMIN3CSN Mineração2.97%
MRFG3Marfrig2.80%
Fonte: B3

Novos ETFs do índice de dividendos

No mesmo dia, o Nubank começará as negociações do primeiro ETF (Exchange-traded fund, em inglês, ou fundo de índice) com pagamento mensal de dividendos aos cotistas que se chamará Nu Renda Ibov Smart Dividendos, com o código NDIV11. O ativo é uma opção para qualquer investidor, mesmo os que não tem conta na fintech ou na corretora NuInvest – desde que tenha o perfil adequado.

Outro ETF da corretora será disponibilizado ao mercado replicando o índice Ibovespa dos dividendos B3: o Nu Ibov Smart Dividendos, sob o ticker NSDV11. O nome é parecido e o fundo também, mas a diferença é que os dividendos serão reinvestidos automaticamente no próprio ETF. O NSDV11 está igualmente disponível para qualquer cliente investidor, seja pessoa física ou institucional.

ETF: tudo o que você precisa saber antes de investir

“Dentro de uma carteira diversificada, o investidor pode compor a sua estratégia com a renda passiva, mas também olhar para um horizonte de prazo ainda mais amplo. Ao reinvestirmos os dividendos no Nu Ibov Smart Dividendos, o potencial de retorno com a valorização do papel ao longo do tpo é maior”, observa Adrés Kikuchi, diretor executivo da NuAsset.

Crescimento do mercado de ETFs

O volume investido globalmente em ETFs nas duas últimas décadas apresentou evolução de 20% ao ano, com cerca de US$ 10,6 trilhões (aproximadamente, R$ 53 trilhões) sob gestão em julho de 2023, segundo dados reunidos pela ETFGI, plataforma independente de pesquisa e consultoria em ETFs. Só na B3, o volume investido em ETFs era de quase R$ 45 bilhões em agosto, de acordo com o Boletim Mensal ETF da B3.

“A renda passiva tem tido cada vez mais espaço na carteira das pessoas, tanto para seus investimentos quanto para uma fonte de renda alternativa”, afirma Kikuchi.

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