Focus: mercado reduz estimativas de inflação para 2023 e 2024
Projeção para este ano caiu para 4,65%, abaixo do teto da meta perseguida pelo BC. Em 2024, IPCA deve ficar em 3,87%, um pouco acima da meta. PIB de 2023 deve crescer 2,90%
Pela segunda semana seguida, o mercado reduziu a estimativa de inflação para este ano. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou de 4,75% para 4,65%, segundo o boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira, 23/10.
Com esse resultado, o índice ficou abaixo do teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,75%. A meta deste ano é de 3,25% e será cumprida se o IPCA oscilar entre 1,75% e 4,75%.
Essa desaceleração na projeção de inflação acontece após o IPCA avançar 0,26% em setembro, puxado pela gasolina. Apesar da alta, o índice ficou abaixo da expectativa do mercado, que era de 0,33%.
Para 2024, a projeção de inflação caiu de 3,88% para 3,87% e para 2025, permaneceu em 3,50%. Nos dois casos, o IPCA segue acima da meta de inflação perseguida pelo BC, que é de 3%.
A queda nas expectativas de inflação e as expectativas para a taxa básica de juros, a Selic, devem ser tema hoje do encontro entre o CEO da B3, Gilson Finkelsztain, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
O evento, promovido pelo B3 Bora Investir e Estadão, começa às 15h e poderá ser visto ao vivo pelo YouTube.
Selic deve fechar o ano em 11,75%
Os economistas do mercado financeiro seguem com as mesmas estimativas para a taxa básica de juros até 2025. Para 2023, o mercado projeta uma Selic em 11,75% ao ano. Hoje, a taxa básica está em 12,75%.
Para 2024, a estimativa para a taxa básica de juros seguiu em 9% ao ano, enquanto em 2025 permanece estável em 8,5%.
O boletim Focus é publicado às segundas-feiras. Foram ouvidas pelo Banco Central mais de 100 instituições financeiras até o fim da semana passada. O relatório é essencial para o investidor corrigir ou confirmar estratégias.
PIB de 2023 deve crescer 2,90%
A expectativa de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano foi reduzida de 2,92% para 2,90%. No 2º trimestre, a economia brasileira cresceu 0,9%, bem acima da estimativa do mercado, segundo o IBGE.
Na semana passada, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que é considerado uma prévia do PIB, já mostrou que a atividade começou a desacelerar no país. Em agosto, o indicador teve retração de 0,65%.
Para 2024, a previsão de crescimento da economia do país pelo mercado financeiro ficou em 1,50%. Para 2025, manteve-se em 1,90%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.
Dólar deve fechar o ano em R$ 5
A estimativa para o dólar no fim de 2023 ficou inalterada na semana passada, em R$ 5. Assim como para o fim de 2024, a projeção para a moeda americana ficou em R$ 5,05. Para 2025, permaneceu em R$ 5,10.
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