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Inflação ao consumidor nos EUA fica estável em outubro

Indicador ficou em 3% na base anual, perda de ritmo em relação aos 3,4% registrados em setembro nos EUA

Maço de notas de dólar. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
A expectativa do mercado, segundo economistas consultados pela Reuters, era que o índice cairia 0,1%. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O índice de preços de gastos com consumo (PCE, da sigla em inglês) nos Estados Unidos ficou estável em outubro, depois de avançar 0,4% no mês anterior. Os dados foram publicados nesta quinta-feira, 30/11 pelo Escritório de Análise Econômica (Bea, em inglês).

A taxa anualizada ficou em 3%, também uma perda de ritmo na comparação com setembro, quando avançou 3,4%.

O núcleo do PCE – medida que exclui itens voláteis como energia e alimentos e aponta para uma tendência dos preços – subiu 0,2% em outubro ante 0,3% no mês anterior. Na comparação com 2022, o núcleo do PCE subiu 3,5%, depois de avançar 3,7% em setembro.

Esse indicador de preços é o mais observado pelo Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano, para tomar suas decisões sobre juros no país. Hoje, as taxas estão entre 5,25% e 5,50% ao ano.

Segundo analistas, os números divulgados hoje reforçam a expectativa de que a economia dos Estados Unidos vai perder força no 4º trimestre, após o ritmo de crescimento mais forte em quase dois anos.

Na quarta-feira, 29/11, o Livro Bege do Fed apontou que a economia dos Estados Unidos entrou em desaceleração, após o Produto Interno Bruto crescer 5,2% no 3º trimestre.

O economista-chefe do Comerica Bank, Bill Adams, afirmou que o resultado desse indicador tranquilizar o BC americano, já que as pressões inflacionárias devem continuar em processo de queda – o que ajuda no processo de afrouxamento monetário.

“O Fed está em compasso de espera, mas o seu pivô para cortes nos juros está cada vez mais próximo: a inflação claramente desacelerando e o mercado de trabalho suavizando mais rápido do que o esperado”.

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