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Mercado financeiro hoje: dados de emprego nos EUA e votação dos fundos exclusivos

Presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, também fica no radar bem como a reação do petróleo em dia de reunião ministerial da Opep+

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Os investimentos chamados de créditos privados nada mais são do que títulos de dívidas emitidos por empresas e instituições não-públicas. Foto: Adobe Stock

A publicação do relatório da ADP sobre a geração de postos de trabalho no setor privado dos Estados Unidos em setembro deve conduzir as expectativas para juros nos mercados hoje, após o forte relatório Jolts induzir apostas em política monetária restritiva por mais tempo no país. Podem contribuir também os resultados de índices de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços e composto americano, além de comentários de três dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, fica no radar bem como a reação do petróleo em dia de reunião ministerial da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).

No Brasil, além dos PMIs, deve repercutir o texto final da taxação de offshore e dos fundos exclusivos, que deverá ser votado hoje no plenário da Câmara. Ainda, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reúne-se com a Direção da Frente Nacional de Prefeitos (FNP).

Rendimento dos Treasuries e Petróleo

Os rendimentos dos Treasuries (títulos do Tesouro americano) seguem ampliando ganhos de ontem e os de longo prazo se mantém nos maiores níveis desde 2007, embora os ajustes sejam mais moderados, permitindo um ensaio de melhora nos mercados de ações e alívio do dólar ante pares rivais e moedas emergentes ligadas a commodities.

A dois dias da divulgação do relatório de emprego americano, o payroll, os investidores estão à espera hoje dos dados econômicos dos EUA e comentários de dirigentes do Fed para reavaliar suas apostas sobre os próximos passos da política monetária.

+ O que é o Federal Reserve (Fed) e por que a decisão de juros dos EUA é importante

Comentários da presidente do BCE também serão monitorados. O petróleo está caindo antes do desfecho da reunião da Opep+.

Fundos de alta renda e Desenrola

Os mercados devem continuar sensíveis ao comportamento dos títulos americanos, após o estresse dos últimos dias em meio a perspectivas crescentes de novo aperto de juros nos EUA, após dados fortes de atividade e emprego divulgados no país.

Ontem, os juros futuros abriram, o dólar à vista fechou valendo R$ 5,15, maior cotação desde 28 de março, e o Ibovespa caiu 1,42%, aos 113,4 mil pontos – menor pontuação de fechamento desde 5 de junho, em meio a fluxo de saída de capitais que se destinaria à compra de Treasuries para aproveitar a escalada de juros.

Votações de medidas no Congresso devem repercutir também. Ontem à noite, a Câmara dos Deputados encerrou a votação do marco das garantias, uma das apostas do Ministério da Fazenda para destravar a concessão de crédito no País, aumentar o consumo das famílias e impulsionar o crescimento econômico. O texto vai agora para sanção presidencial. Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionar o Desenrola Brasil ontem, o Ministério da Fazenda destacou que a plataforma para renegociação de dívidas negativadas – bancárias e não bancárias – será aberta na próxima segunda-feira, 9.

+ Desenrola Brasil: 16 perguntas e respostas sobre o programa

O relator do projeto de lei que prevê a tributação de fundos de alta renda, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), divulgou ontem o parecer preliminar, mas deixou de fora a proposta enviada pelo governo que acaba com a dedutibilidade dos Juros sobre Capital Próprio (JCP) da base de cálculo de tributos para todos os setores da economia. O parlamentar estuda incluir essa medida no texto, mas ainda espera uma proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A ideia é que seja construído um “meio-termo” para atender as lideranças da Casa.

*Informações da Agência Estado

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