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Mercado financeiro hoje: exterior busca algum fôlego em meio à escalada da guerra no Oriente Médio

Os sinais são mistos no mercado internacional, com petróleo e bolsas sem direção única

Faixa de Gaza, Oriente Médio. Foto: MAHMUD HAMS/AGENCE FRANCE PRESSE/Estadão Conteúdo
Colunas de fumaça escura atrás de arranha-céus na Cidade de Gaza durante ataques aéreos israelenses, nesta segunda-feira, 9 de outubro de 2023. Foto: MAHMUD HAMS/AGENCE FRANCE PRESSE/Estadão Conteúdo

Atentos aos desdobramentos da guerra no Oriente Médio, os mercados internacionais também se voltam nesta semana para a temporada de balanços nos Estados Unidos, como BofA, Morgan Stanley e Netflix. Além disso, diversos indicadores importantes serão divulgados nos próximos dias, como o PIB da China, produção e vendas no varejo chinês e norte-americano, e o Livro Bege, do Federal Reserve, que traz um relatório sobre a situação econômica dos Estados Unidos.

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No Brasil, o Congresso vota entre amanhã e quarta-feira o projeto de lei sobre a taxação de fundos de alta renda (exclusivos e offshore). Outro fato que chama a atenção do mercado é o relatório de produção da Vale, e os números de volume de serviços e vendas no varejo de agosto.

De olho na guerra do Oriente Médio

Os sinais são mistos no exterior, com petróleo e bolsas sem direção única, com investidores buscando algum fôlego para começar a semana ao mesmo tempo em que aumenta a preocupação com a guerra no Oriente Médio. Israel ameaça entrar na Faixa de Gaza e o Irã alertou que, se isso acontecer, a guerra pode se expandir para outras partes do Oriente Médio.

+ Fed estima nova alta nos juros dos EUA para levar inflação à meta

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse no sábado que as “próximas decisões vão garantir que as taxas de juros estarão em níveis suficientemente restritivos o tempo que for necessário para trazer a inflação de forma sustentável para 2%”.

Na China, o PBoC, o BC chinês, deixou seu juro de médio prazo inalterado em 2,5%, sinalizando que suas principais taxas de referência ficarão igualmente intocadas nos próximos dias.

No Brasil, possível alívio no câmbio

A falta de força no exterior pode limitar o apetite a risco por ativos domésticos, embora o sinal positivo que prevalece no mercado futuro em NY possa dar algum ânimo local. O dólar mais fraco na comparação com várias moedas pares do real, como peso mexicano, além de queda do Dollar Index (DXY), pode ser indicativo de alívio no câmbio por aqui.

No radar, fica a votação do projeto de lei sobre a taxação de fundos de alta renda. A taxação dos fundos faz parte do pacote do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a arrecadação e, dessa forma, atingir a meta de zerar o déficit das contas públicas no ano que vem. O tema já tem consenso, mas o relatório final deve passar ainda por alguns ajustes técnicos, que não alteram a essência do projeto.

*Com Agência Estado

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