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Mercado financeiro hoje: índice de preço dos EUA, IPCA-15 e Campos Neto são o foco

Divulgação do PCE mensal americano pode ser crucial para determinar se os juros americanos serão mesmo mantidos

Supermercado na zona sul do Rio de Janeiro. Foto: Tênia Rêgo/Agência Brasil
Em 12 meses, a inflação ficou em 5,77% Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O índice de preços de gastos com consumo mensal, o PCE, dos Estados Unidos e o sentimento do consumidor de abril da Universidade de Michigan ficam no foco no exterior.

No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de abril, a palestra virtual do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e o boletim trimestral fiscal do governo geral atraem as atenções.

Bolsas Internacionais

A divulgação do PCE mensal americano pode ser crucial para determinar se os juros americanos serão mesmo mantidos no nível atual por longo período, como tem sugerido as apostas do mercado. Ontem, as bolsas em Wall Street fecharam em queda e os juros das T-Notes voltaram a atingir os maiores níveis desde novembro de 2023 na esteira de dados trimestrais da inflação PCE dos EUA, que surpreenderam para cima.

Além do PCE mensal, sairá a confiança do consumidor e expectativas da inflação do país. No pré-mercado de Nova York, as ações da Alphabet e da Microsoft operam em forte alta, após a divulgação de balanços no fim da tarde de ontem. Já a Intel tinha queda expressiva, após a fabricante de chips decepcionar com projeções para o atual trimestre, em balanço também publicado ontem.

As bolsas europeias também buscam recuperação da queda recente. Por lá, destaque ao recuo das ações da gigante de mineração Anglo American, que rejeitou proposta de compra da concorrente anglo-australiana BHP e a classificou de “oportunista”. BHP também cede.

Na Ásia, as bolsas subiram, após o Banco do Japão (BoJ) deixar sua principal taxa de juros inalterada, levando o iene a renovar mínima em mais de três décadas em relação ao dólar.

Petrobras, Vale e IPCA-15

A valorização das bolsas internacionais, do petróleo e do minério de ferro pode estimular o Ibovespa, de forma a evitar uma quarta semana seguida de queda, mas isso dependerá do PCE dos EUA e do IPCA-15.

Os papéis da Vale tentam reaver o recuo da véspera após o balanço trimestral considerado fraco e em meio à oferta feita pela BHP à Anglo American, proposta essa que foi rejeitada pela gigante de mineração. Já os papéis da Petrobras ainda podem reagir positivamente à aprovação de parte dos dividendos extras retidos pela companhia, ontem, e à informação de que o pagamento do restante dos recursos ocorrerá no segundo semestre.

+ 5 respostas sobre os dividendos extraordinários da Petrobras

Os juros futuros podem se ajustar em baixa ao recuo dos rendimentos dos Treasuries e ainda focarem no IPCA-15, que pode desacelerar, além do PCE dos EUA. Apesar disso, há receios de que a Selic no final do ciclo poderá ficar mais elevada, por conta das incertezas externas. Ainda fica no radar a participação do presidente do BC, Roberto Campos Neto, em evento. No câmbio, o norte deve ser dado pelo resultado do PCE dos EUA.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que é possível atender ao desejo do Ministério da Fazenda e aprovar a regulamentação da reforma tributária ainda neste ano na Casa e no Senado.

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