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Mercado financeiro hoje: protestos na China contra os lockdowns preocupam mercados

No Brasil, semana pode ser de decisões sobre PEC da transição e definição de nome para Ministro da Fazenda

faxada de prédio na China
A semana começa com os mercados internacionais na defensiva. Foto: Adobe Stock

A semana começa com os mercados internacionais na defensiva diante dos protestos na China contra os lockdowns no país como parte da política de covid zero e pedido de renúncia do presidente do país, Xi Jinping.

Há pouco, as bolsas europeias e futuros de Nova York operavam em queda e o petróleo perdia perto de 3%. Os protestos na China foram desencadeados por um incêndio com mortes em um apartamento na cidade de Urumqi, na região autônoma de Xinjiang, noroeste da China. Para os mercados, o episódio eleva os questionamentos acerca do futuro econômico do gigante asiático, cuja demanda interna tem sofrido por conta dos lockdowns.

Autoridades da China relaxaram restrições em algumas regiões do país hoje, mas reafirmaram seu compromisso com a estratégia severa de “covid-zero”. O mercado ainda aguarda sinalizações de banqueiros centrais ao longo do dia, em especial a partir de falas da presidente do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE).

Semana de PEC da transição

A cautela no exterior deve pesar no Ibovespa, enquanto o dólar pode ficar mais volátil em meio aos sinais mistos lá fora. Por aqui, a equipe presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, discute fixar no texto da PEC o valor exato de gastos extras em 2023 para ampliar o Bolsa Família e recompor o Orçamento.

A referência para a cifra é o cálculo de R$ 150 bilhões feito pelo time de transição como indicativo da margem de expansão das despesas para igualar o que deve ser gasto em 2022.

A PEC da transição deve ser apresentada nos próximos dias ao Congresso e o governo eleito quer aprovar a proposta em menos de um mês para adequar o Orçamento de 2023 e permitir a Lula tomar posse cumprindo promessas de campanha.

Novo ministro

Além da PEC, há uma grande expectativa sobre o anúncio oficial de quem ocupará o cargo de Ministro da Fazenda no governo Lula.

Na sexta-feira, 25/11, o mercado financeiro reagiu mal à fala do ex-ministro da Educação Fernando Haddad, cotado para assumir o Ministério da Fazenda do governo eleito, em um evento da Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Os investidores avaliaram que Haddad não deu indicações claras sobre o futuro do cenário fiscal.

O Ibovespa fechou em baixa de 2,55%, aos 108.976 pontos. Na mínima do dia chegou a 108.552 pontos. O dólar comercial avançou 1,89% e fechou cotado a R$ 5,41.

*Com informações da Agência Estado