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7 curiosidades sobre a Expert XP 2024 para quem perdeu o maior festival de finanças do país

Evento reuniu mais de 50 mil pessoas interessadas nas mais de 105 horas de conteúdo trazidas por 250 palestrantes

Na última sexta e sábado de agosto, dias 30 e 31, pessoas de todos os cantos do país se aglomeraram, em longas filas ordenadas, nos cinco pavilhões do São Paulo Expo, centro de eventos localizado na zona sul da capital paulista. Quem não conhece o local, poderia até achar que estavam ali nomes com força suficiente para atrair mais de 50 mil participantes e lotar o Allianz Parque em um único dia. Mas não, não era isso, e sim um encontro anual do mercado financeiro na 14ª edição da Expert XP.

Em dois dias abertos ao público, depois de uma primeira data exclusiva para assessores, o evento reuniu mais de 50 mil pessoas dispostas a assistir e aprender sobre finanças, economia e liderança com os mais de 250 palestrantes de diferentes áreas e mais de 105 horas de conteúdo.

O festival reuniu atrações tão díspares quanto o ex-jogador e ícone do basquete mundial, Earvin Magic Johnson, o presidente da Queen’s College e conselheiro econômico chefe da Allianz, Mohammed El Erian, e o papa do empreendedorismo Scott Galloway, ao mesmo tempo que influencers tiravam fotos e brindes eram distribuídos em outros cantos. 

A seguir, reunimos algumas curiosidades do festival para quem perdeu a chance de participar – ou quer, apenas, relembrar os melhores momentos. Confira. 

1. Doces, brindes e até E.T.

O ambiente fechado e apinhado de estandes disputavam a atenção de quem passava pelos corredores para oferecer o que há de mais inovador em cada segmento. Para atrair o público, valia de tudo, desde um boneco do famoso E.T. em referência aos ETFs em criptoativos; doces e kits entregues depois de alguma interação.

E, claro que as pessoas não saiam dali sem uma foto com o alien E.T.F., certo?

2. Esportes e finanças

A influência do futebol norte-americano era evidente. Algumas quadras reduzidas simulavam a partida esportiva com objetivo de gerar pontuação e premiar o participante que atingisse a meta. Em uma delas, a disputa era pela chamada “Renda variável Challenge” para ganhar ingressos da NFL e um voucher da XP, a depender da sua pontuação no jogo.

Enquanto no futebol norte-americano o desafio era jogar bolas em alvos, no basquete a opção era simular um field goal para ser fotografado e ter uma recordação em um cartão. Ao lado, a taça oficial da NBA chamava atenção de quem passava e atraia os interessados em tirar uma foto com ela e a mensagem da XP de ser uma investidora do esporte e não apenas patrocinadora.

A correlação entre esportes e investimentos é meio óbvia, mas vamos lá: disciplina, resiliência, desafios e objetivos claros são tão intrínsecos ao mundo esportivo quanto as finanças pessoais de cada um de nós. Por isso as lições de uma coisa estão muito ligadas à outra — e os interesses também.

3. Gincanas e estresse emocional

Outros tipos de modalidades mais leves, digamos, atrairam bastante gente. Uma delas era a de ser desafiado a responder uma questão como “Qual é o título de renda fixa mais rentável do Banco Master?” e esperar a resposta escrita de forma digital em um painel para, em seguida, surgir uma roleta também digital que traria um prêmio: mochila, power bank ou um porta-cartão.

Assim como nos investimentos, os jogos também visavam trabalhar o controle emocional. Em um desses estandes a graça era ver o seu nível de estresse ao fazer investimentos. Para isso, o participante tinha que passar um aro metálico sobre um fio metálico, mas sem que os dois se encostassem. Caso isso ocorresse, o jogo acabava e você levava uma bolinha de estresse e um cupom de desconto. Agora, se conseguisse o feito, o prêmio era um guarda-chuva.

Em outras bancas, os participantes disputavam corrida de carrinhos por controle remoto; corrida de bolinhas em uma esteira; uma cápsula do tempo com Inteligência Artificial (IA) te fazia pensar no tempo e, com isso, provocava reflexões para uma aposentadoria privada.

Em uma arena com uma pequena arquibancada, um palco com computadores foi instalado para desafiar os visitantes a operarem como day trade. A partir das 17h, o chopp foi liberado porque, né, nem os investidores são de ferro e relaxar também é preciso.

4. Touro e selfies

Símbolo icônico do mercado financeiro, o touro de Wall Street atrai milhares de turistas todos os anos ao centro financeiro de Nova York para uma selfie com o animal, cuja lenda é trazer sorte no amor e dinheiro aos que passam a mão em seu focinho, cabeça e partes íntimas. O touro é a marca do setor por demonstrar a força dos ativos com seus movimentos com a cabeça de baixo para cima. 

Não à toa, a réplica da estátua original, levada para o festival pelo economista Pablo Spyer, rendeu filas longas de espera para uma foto de recordação – e para muitas, porque não, uma tentativa de tentar a sorte ao apalpar o bicho.

Uma curiosidade dentro da lista de curiosidades da Expert: o criador do touro de Wall Street foi o artista italiano Arturo Di Modica, que decidiu realizar a obra após o colapso acionário de 1987, como um sinal de confiança no futuro dos Estados Unidos. No Brasil, a estátua é uma parceria com o economista Pablo Spyer e o artista plástico e arquiteto Rafael Brancatelli. 

5. Influencers e ícones financeiros

Filas para tirar foto com ídolos e celebridades do mundo financeiro e das redes sociais se tornaram frequentes em cada canto da feira. De um lado, você encontrava uma figura cômica de colete, cabelo jogado de lado e com sotaque paulista bem marcante: o influencer Jorginho, famoso por fazer vídeos em que brinca com o estilo da Faria Lima, o coração do mercado financeiro de São Paulo. Ele protagonizou um momento inédito ao jogar uma rápida partida de vôlei com o bicampeão olímpico Giovane Gávio numa quadra improvisada entre as bancas de copos Stanley como rede e o público no entorno deles.

Um pouco mais discreto, o influencer Bruno Paolinelli passou pelos corredores com seu conhecido fone de ouvido de fio branco para contar o “Resumo do mercado de hoje”. Mais chamativo, Arthurito Faria Lima atraía olhares ao andar com um capacete na cabeça em meio ao evento, que é a sua marca registrada.

Quem também reunia filas e mais filas era Warren Buffett, o investidor norte-americano, mas não pessoalmente: era uma imagem em folder colocada justamente para selfies.

O mascote da Seleção Brasileira de Vôlei surgiu em uma banca com camisas do time brasileiro. Pouco depois das 17h, o mascote se deparou com uma máquina de drive-thru de hamburgueres sem hamburgueres. Ele deu tapinhas fofos no aparelho e foi embora sem lanche.

6. Palestras e palestras

Paralelo ao entretenimento disperso na feira, alguns pontos de encontro espalhados no pavilhão e, sobretudo, na plenária desenrolavam discussões sobre os mais variados temas e tendências do mercado financeiro. Para se ter uma ideia da diversidade de assuntos, o festival começou com Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central que deve encerrar o mandato no final deste ano, até celebridades do esporte, como o técnico de vôlei Bernardinho e o treinador do Palmeiras, Abel Ferreira; Arthur Lira, presidente da Câmara de Deputados; Fernando Haddad, ministro da Fazenda; Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento; e o evento terminou com o ex-jogador de basquete dos EUA e empresário, Earvin Magic Johnson.

No ponto de vista externo, o quadro está cada vez mais desafiador e entender os fatores que influenciam essa volatilidade, incerteza e até um viés inflacionário é fundamental para saber se posicionar nesse momento, de acordo com o presidente da Queen’s College e conselheiro econômico chefe da Allianz, Mohamed El-Erian.

7. Renda fixa, crédito privado, IA e meio ambiente

Entre os vários temas abordados no festival, alguns tiveram mais recorrência, até mesmo por serem abordados em palestras cujo debate central era outro. Renda fixa, crédito privado, IA e meio ambiente foram os principais deles.

No radar dos próximos 12 a 24 meses, os gestores de crédito privado preveem mais seletividade, governança e pulverização. É o que afirmam Fayga Czerniakowski Delbem, superintendente de crédito da Itaú Asset; Flávia Krauspenhar, sócia e diretora da Capitânia e Marcelo Urbano, diretor de investimentos da Augme Capital.

Já no investimento de empresas estreantes de base tecnológica e de alto potencial, a fonte de dinheiro secou, aparentemente, segundo os gestores Romero Rodrigues, sócio diretor da Headline, e Chu Kong, sócio e Head de Private Equity da XP Inc. Conforme eles, o momento é positivo para investir em venture capital e private equity.

As mudanças climáticas também entraram na pauta. A sequência de eventos extremos climáticos, como as enchentes no Rio Grande do Sul, também geram alertas aos bancos centrais, investidores, gestores e economistas. Preocupações de investidores com empresas de seguros e estratégias reputacionais, além de precificação de empresas do setor entraram em discussões.

Outros dois pontos de preocupação no horizonte do mercado financeiro são a eleição presidencial nos EUA e a taxa de juros, com reflexo no Brasil através da Selic, que atualmente está em 10,50% ao ano.

Já a tendência da IA nas empresas e no cotidiano segue aquecida, com discussão sobre os custos e, algo básico aos investidores, entender o retorno desse investimento, que parece óbvio, mas escapa da avaliação antes da tomada de decisão pelo impulso de participar da moda da IA.

Em resumo, foi isso que aconteceu por lá. Curtiu? Se sim, no próximo ano o festival deve seguir a mesma linha de energia. Tanto é que já conta com a confirmação do empresário, político e eterno Exterminador do Futuro, Arnold Schwarzenegger.

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