Mercado

Com juros em alta, Ibovespa fecha em queda de 0,58%, a 123 mil pontos; dólar também cai

Veja o que impactou o Ibovespa, as ações que compõem o índice, o dólar e outros ativos

Painel de ações da bolsa. Foto: Divulgação/B3
Ibovespa fecha em queda de 0,01%. Foto: Divulgação/B3

O Ibovespa avançava nos primeiros negócios da sessão desta terça-feira (28) suportado por teses domésticas, após leitura positiva do IPCA-15 de maio, e pela alta das ações da Petrobras. Enquanto investidores analisavam as primeiras declarações de Magda Chambriard como presidente da estatal.

Não obstante, incertezas sobre os ciclos de afrouxamento de juros local e das principais economias do mundo derrubaram o índice.

Assim, o rendimento das treasuries derrubou o desempenho dos ativos de risco pelo mundo, especialmente nos mercados emergentes, como o brasileiro.

Comportamento da bolsa de valores hoje

Dessa maneira, o Ibovespa fechou em queda de 0,58%, aos 123.780 pontos, perto da mínima. Isso depois de ter batido máxima intradiária de 125,3 mil pontos logo no início da sessão.

Dólar hoje

Simultaneamente, o dólar comercial fechou em queda em relação ao real. Da mesma maneira, a moeda dos EUA caiu em mercados no exterior, embora perto da estabilidade.

Nesse sentido, o que ajudou o real hoje foi o dado preliminar de inflação de maio (IPCA-15) que veio abaixo do consenso e pode ajudar a amenizar ruídos e abrandar a percepção de risco em torno da política monetária.

Assim, o dólar comercial fechou negociado em queda de 0,35%, cotado a R$ 5,1534 No exterior, o índice DXY exibiu depreciação de 0,01%, aos 104,59 pontos.

Ações do Ibovespa

As ações relacionadas ao ciclo de juros sofreram impacto negativo no pregão, diante de uma mudança de direção nos juros futuros, que amanheceram em queda depois do IPCA-15 abaixo do esperado. Azul (AZUL4), Magazine Luiza (MGLU3) e CVC (CVCB3) são exemplos disso.

Ações em alta da bolsa de valores toda

Veja o desempenho das ações que mais subiram na bolsa de valores hoje, entre papéis com alto volume de negociação.

  • Biomm (BIOM3) 4,10%
  • Even (EVEN3) 3,01%
  • Movida (MOVI3) 2,94%
  • Orizon (ORVR3) 2,36%
  • CBA (CBAV3) 2,22%

Ações em baixa

Confira também as piores quedas de toda a bolsa, entre ações com alto volume.

  • Recrusul (RCSL3) -31,36%
  • Recrusul (RCSL4) -18,92%
  • Dasa (DASA3) -10,47%
  • Ambipar (AMBP3) -7,79%
  • Magazine Luiza (MGLU3) -6,54%

Os rankings contemplam ações com alto volume, que compõem ou não o Ibovespa e outros índices.

Bolsas mundiais: Nova York

As bolsas de Nova York fecharam sem direção única o pregão desta terça-feira (28), o primeiro da semana após os mercados americanos ficarem fechados ontem por conta do feriado de Memorial Day nos Estados Unidos. Comentários de dirigentes do Federal Reserve  (Fed) e o primeiro aumento da confiança do consumidor americano desde janeiro limitaram o apetite por risco, mas um novo salto da NVidia impulsionou o Nasdaq a um novo recorde histórico de fechamento.

O índice Dow Jones  fechou em queda de 0,55%, a 38.852,86 pontos; o S&P 500 teve ligeira alta de 0,02%, a 5.306,04 pontos; e o Nasdaq subiu 0,59%, a 17.019,88 pontos.

O terceiro índice fechou acima de 17 mil pontos pela primeira vez em sua história, impulsionado pelos ganhos de quase 7% da NVidia. A ação da fabricante de chips para inteligência artificial generativa exibe um rali desde que a empresa divulgou o seu forte balanço  do primeiro trimestre fiscal na quarta-feira da semana passada.

Na agenda macroeconômico, o presidente do Fed de Mineápolis, Neel Kashkari, voltou a discutir a possibilidade de novamente subir os juros nos Estados Unidos. Entre os dados, o índice de confiança do consumidor do Conference Board voltou ao patamar acima de 100 pontos e registrou a sua primeira alta desde janeiro, o que aponta para a resiliência do consumo americano ante a política monetária restritiva do Fed.

Outro fator que pesou sobre o sentimento do mercado hoje foram leilões de Treasuries, em especial a oferta de US$ 70 bilhões em T-notes de 5 anos, que durante a tarde levou os rendimentos dos títulos públicos americanos às máximas intradiárias.

Europa

Os principais índices acionários da Europa encerraram a terça-feira (28) em queda, com os investidores aguardando dados de inflação dos Estados Unidos e da zona do euro na busca por pistas sobre quais podem ser os próximos passos dos bancos centrais de ambas regiões diante dos dados.

O índice Stoxx 600 caiu 0,60%, a 519,08 pontos, com o setor de viagem e lazer liderando as perdas ao cair 2,6%. O DAX, de Frankfurt, recuou 0,52%, a 18.677,87 pontos, o CAC 40, de Paris, cedeu 0,92%, para 8.057,80 pontos, e o FTSE 100, da bolsa de Londres, anotou queda de 0,76%, para 8.254,18 pontos.

“Grande parte da atenção do mercado está voltada para o que os bancos centrais farão em seguida”, disse Florian Ielpo, chefe de macro da Lombard Odier Investment Managers, em nota.

Entre as ações que exibiram movimentos mais expressivos, nesta terça, as da Ocado fecharam em alta de 9,79%, enquanto os papéis da suíça Helvetia, que chegaram a recuar mais de 4% durante a sessão, fecharam em queda de 1,06%.

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