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Mercado financeiro hoje: agenda inclui IGP-M e prévia do PIB nos EUA

Volume de serviços em fevereiro, os dados de março do Caged e do governo central completam a agenda nacional. Nos EUA, balanços também são monitorados

Bolsa. Foto: Pixabay
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As prévias do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no primeiro trimestre e do índice de preços de gastos com consumo (PCE) vão calibrar as expectativas econômicas nesta quinta-feira, 27/04.

Ambos os indicadores serão divulgados em meio à tensão bancária, riscos de recessão e antes da decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na próxima semana.

Balanços do primeiro trimestre de bancos europeus já publicados e de empresas americanas, como Amazon e Intel, também devem nutrir as expectativas dos investidores.

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Já a agenda local traz uma série de indicadores, como o IGP-M de abril, o volume de serviços em fevereiro, os dados de março do Caged e do governo central.

Por fim, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, debatem sobre “Juros, Inflação e Crescimento” com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O evento acontece no Senado e é aderente às regras de silêncio que antecedem os encontros do Copom, na terça e quarta-feira que vem.

No exterior

Nos Estados Unidos há um apetite leve por risco. O movimento acontece após a aprovação do projeto de lei do teto da dívida pela Câmara dos Representantes dos EUA e com o salto da ação da Meta (Facebook) no pré-mercado, ecoando o balanço divulgado no fim da tarde de ontem.

Os investidores americanos estão em compasso de espera pelos resultados das “big techs” em meio a receios sobre o impacto das turbulência no setor bancário americano no crescimento. Ontem, a ação do First Republic Bank, um dos bancos regionais americanos que mais sofreram após a quebra do Silicon Valley Bank (SVB), teve queda de cerca de 30% em Nova York.

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As previsões são de desaceleração da economia americana sob impacto do aperto de juros. Os dados de inflação PCE devem subsidiar também as apostas para o Fed, decrescentes, porém ainda majoritárias, de alta de 25 pontos no dia 3 de maio.

Na Europa, as bolsas repercutem os balanços de Unilever, Deutsche Bank e Barclays acima das previsões de lucro no 1º trimestre.

No Brasil

O ambiente positivo lá fora pode não ser suficiente para compensar uma esperada reação negativa dos investidores ao balanço da Vale. No câmbio, o dólar pode continuar instável antes da definição da taxa Ptax do fim de abril, nesta sexta-feira.

Após a desaceleração do IPCA-15, as quedas nas cotações de grãos também devem contribuir para que o retorno dos preços ao produtor voltarem ao terreno negativo no IGP-M de abril.

Já a desaceleração da atividade no País deve contribuir para um saldo menor de empregos no Caged de março. Por outro lado, o setor de serviços deve voltar a crescer em fevereiro, embora em ritmo lento.

Pode animar o Ibovespa, pelo lado fiscal, a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por unanimidade, de autorizar a cobrança de IRPJ e CSLL sobre benefícios fiscais de ICMS. A decisão é favorável ao governo e, de acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, permite a arrecadação de R$ 90 bilhões para a União.

O ministro está tomando as medidas para que a reforma tributária seja aprovada ainda no primeiro semestre pelo menos na Câmara. Também busca fazer com que o arcabouço receba o aval dos parlamentares.

*Com informações da Agência Estado

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