Mercado financeiro hoje: dia de ajuste após decisões de Bancos Centrais
A alta ainda que moderada e a valorização das commodities podem permitir recuperação dos ativos após os sinais de juros elevados no mundo por mais tempo do que o imaginado
A semana termina com a decisão do Banco Central japonês de manter seus juros, depois de uma série de decisões de política monetária, e com PMIs ( indicador que mede a atividade econômica) do país, da Europa e dos Estados Unidos.
Duas dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) discursam. No Brasil, será divulgado o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do quarto bimestre de 2023.
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Mercado externo
As bolsas tentam recuperar parte das perdas recentes acumuladas na esteira do anúncio de juros do Fed, na quarta, cujas taxas foram mantidas. Porém, os movimentos são módicos, numa indicação de que os investidores ainda não absorveram por completo as sinalizações de juros altos por mais tempo pelos bancos centrais esta semana, principalmente o Fed.
A mesma sensação tem os agentes em relação ao Banco da Inglaterra (BoE), que ontem manteve seus juros, mas o presidente da instituição, Andrew Bailey, projetou uma postura restritiva por “tempo suficiente”.
A maioria das bolsas europeias cai, em meio a dados de atividade da Europa, apesar do PMI da Alemanha acima das expectativas. O PMI Composto da zona do euro avançou a 47,1 em setembro, graças a serviços, enquanto o do Reino Unido recuou 46,8, menor nível em 32 meses.
Algumas bolsas asiáticas fecharam em alta, diante de medidas de estímulo, assim como o minério. O petróleo também avança, mesma linha seguida pelo dólar, que se fortalece particularmente frente ao iene, após decisão do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) de deixar seus juros inalterados.
O presidente do Bc japonês, Kazuo Ueda, disse que a autoridade monetária japonesa seguirá “pacientemente” e de “forma sustentável” o seu processo de relaxamento da política monetária para alcançar a meta de inflação do país, de 2%.
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Mercado nacional
A alta ainda que moderada e a valorização das commodities podem permitir recuperação dos ativos após os sinais de juros elevados no mundo por mais tempo do que o imaginado. O Ibovespa teve ontem a maior queda (-2,15%) em termos porcentuais desde 2 de maio e o real foi a moeda que teve o pior desempenho global ante o dólar ante as principais negociadas no mundo.
Os juros futuros subiram ainda em reação à visão de que o BC brasileiro ainda não vai acelerar o ritmo de queda da Selic. Hoje podem cair, seguindo os Treasuries, e o dólar, subir. Só que uma eventual melhora dos ativos internos, contudo, pode ser limitada ou até mesmo apagada por temores com o andamento da pauta fiscal.
*Informações da Agência Estado
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