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Mercado financeiro hoje: indefinição externa, em meio à ata do Copom e IPCA-15

No exterior os destaques são o Fórum do Banco Central Europeu (BCE), em Portugal, e a divulgação das vendas de moradias novas de maio, nos EUA

Vendedores e frequentadores na Feira da Ceilândia. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A alta veio após três deflações seguidas em julho, agosto e setembro. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nesta terça-feira, 27/06, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e o IPCA-15 de junho são os grandes focos do mercado brasileiro, enquanto no exterior os destaques são o Fórum do Banco Central Europeu (BCE), em Sintra, Portugal, e a divulgação das vendas de moradias novas de maio e o índice de confiança do consumidor de junho dos Estados Unidos.

Agora pela manhã, os mercados internacionais operam indefinidos, com os investidores preocupados com a possibilidade de juros elevados por mais tempo do que o imaginado em importantes economias, na tentativa de conter a inflação. Ao mesmo tempo, o petróleo recua.

Fica ainda no foco o fórum do BCE, em Sintra, onde a presidente Christine Lagarde disse que a inflação da zona do euro está muito alta e assim continuará por muito tempo. Neste contexto, a dirigente reiterou que o BCE precisa elevar seus juros a níveis “suficientemente restritivos” e mantê-los nesse patamar “pelo tempo que for necessário”.

As incertezas com a política monetária mundial contaminaram algumas bolsas asiáticas, que fecharam em queda, enquanto outras subiram em meio ao otimismo com a China. O primeiro-ministro Li Qiang afirmou que o crescimento chinês provavelmente acelerou no segundo trimestre e poderá atingir a meta oficial de “cerca de 5%” estipulada para este ano.

Ibovespa e a ata do Copom

Por aqui, o exterior indefinido pode dificultar um norte aos investidores, que devem seguir atentos à ata do Copom e IPCA-15. A expectativa é de que a ata do Copom adote um tom ameno, sugerindo quando o Banco Central pretende começar a Selic, após o último comunicado do Comitê que manteve na semana passada o juro básico foi mantido em 13,75% ao ano.

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Depois, a divulgação do IPCA-15 é outra possibilidade de reforçar as expectativas de queda da Selic, dada a projeção de quase deflação do indicador de junho.

Ontem, o Ibovespa fechou em queda, após o bom desempenho da semana passada, quando terninou em alta de 0,18%, mais discreta que em semanas anteriores, mas que garantiu nova sequência de valorizações. O principal índice da bolsa recuou mesmo após as boas notícias vindas do boletim Focus, do Banco Central, que reduziu projeções para a inflação e aumentou para o PIB.

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