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Mercado hoje: dado sobre varejo nos EUA é destaque na agenda

Na agenda local, investidores seguem em compasso de espera por um possível aumento de combustíveis pela Petrobras

Painel de cotação. Foto: Adobe Stock
Foto: Adobe Stock

No exterior, destaque para vendas no varejo dos Estados Unidos e discurso do presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari.

A agenda local desta terça-feira traz eventos com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e os diretores Gabriel Galípolo (Política Monetária) e Fernanda Guardado (Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos).

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve receber o relator do arcabouço fiscal na Câmara, deputado Cláudio Cajado (PP-BA). Líderes partidários já avaliam que a votação do arcabouço fiscal pelos deputados pode ficar para o fim do mês, o que atrapalharia os planos do governo na elaboração do Orçamento de 2024.

Os investidores seguem em compasso de espera por um possível aumento de combustíveis pela Petrobras.

No exterior

O clima é de cautela nos mercados internacionais após dados fracos na Europa e também na China, que levaram o Banco do Povo chinês (PBoC, na sigla em inglês) a reduzir hoje várias de suas taxas de juros, em uma sinalização de que as principais taxas de empréstimos do país serão cortadas ainda neste mês.

Para a Pantheon, as reduções de juros não devem sozinhas ser suficientes para garantir uma retomada no crescimento local. Os indicadores de produção industrial e vendas no varejo vieram abaixo do esperado.

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No Reino Unido, houve avanço na taxa de desemprego, que atingiu 4,2% no trimestre até junho, mas crescimento também nos salários, o que reforça expectativas de aperto monetário pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) em setembro.

Na Alemanha, a Bolsa de Frankfurt piorou após o índice ZEW melhorar menos que o previsto e permanecer em território negativo. Na Rússia, o BC elevou os juros hoje, de 8,5% a 12,0% ao ano.

No Brasil

Os dados fracos da China devem impor cautela aos ativos locais em meio ao dólar mais forte ante maioria das moedas emergentes e ligadas a commodities, petróleo em queda, retornos dos Treasuries longos em alta e bolsas em queda, o que deve pressionar o real, os juros futuros e o Ibovespa.

Além disso, o mercado pode ficar incomodado após os ruídos gerados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com sua declaração de que a Câmara estaria com “um poder muito grande”.

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O ministro ligou ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para conter os danos, mas líderes partidários avaliam que a votação das mudanças do Senado no novo arcabouço fiscal devem ficar para o fim do mês. E após ter sido cancelada ontem, a reunião de Lira com o relator do arcabouço fiscal, Claudio Cajado (PP-BA), lideranças da Casa e técnicos da equipe econômica deve ocorrer nesta terça-feira.

*Com informações da Agência Estado

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