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Mercado hoje: IGP-10 e desemprego nos EUA são destaques

A entrevista do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao Poder 360, com transmissão ao vivo pelo YouTube, será acompanhada pelos investidores

Números sendo mostrados em uma tela
Bolsa de valores. Foto: Adobe Stock

A entrevista do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao Poder 360, com transmissão ao vivo pelo canal no YouTube, será acompanhada pelos investidores.

As primeiras reuniões trimestrais de diretores do BC Fernanda Guardado (Assuntos Internacionais), Diogo Guillen (Política Econômica) e Otávio Dâmaso (Regulação) com economistas, para elaboração do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), também serão monitoradas pelos investidores.

A agenda traz ainda o IGP-10 de agosto e os pedidos de auxílio-desemprego dos Estados Unidos.

No exterior

Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam em queda ontem após a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) considerada mais hawkish.

Para a Oxford Economics, “o Fed está determinado a retornar a inflação à meta de 2% ao ano, e a política ficará inclinada para mais aumentos de juros”. O CME Group apontava perto das 7 horas, 86,5% de chance de manutenção dos juros americanos na faixa de 5,25% a 5,50% em 20 de setembro.

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Em meio a preocupações com a economia chinesa, fica no radar a situação da companhia Zhongzhi, que afirmou a investidores que enfrenta uma crise de liquidez e que conduzirá uma reestruturação da dívida. E grandes bancos estatais da China têm vendido dólares para comprar yuan nos mercados onshore e offoshore nesta semana, afirmaram fontes ligadas ao assunto, em uma tentativa de conter a desvalorização da moeda chinesa.

No Brasil

Os ativos locais podem concentrar as atenções nesta quinta-feira no cenário interno, uma vez que a agenda no exterior é fraca.

Aqui, a entrevista do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fica sob os holofotes, após ele ter reforçado ontem que a “luta contra a inflação não está ganha”.

E o mercado irá buscar informações sobre as reuniões de diretores do BC com o mercado, dois dias após a falcão Fernanda Guardado ter descartado aceleração no ritmo de corte da Selic em setembro.

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A questão fiscal também segue na mira dos investidores. O governo tem 15 dias para resolver o conflito com a Câmara dos Deputados, agravado pela fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considerada desastrada pelos parlamentares. Dessa forma, poderá aprovar o novo arcabouço fiscal, evitando, assim, um corte de cerca de R$ 200 bilhões no Orçamento de 2024, o primeiro elaborado pelo atual governo Lula.

Há expectativa também com a repercussão da reunião de ontem entre Lula e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre a reforma ministerial. A expectativa é que até sexta-feira o novo desenho da Esplanada, para acomodar o Centrão no governo, seja anunciado.

*Com informações da Agência Estado

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