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Mercado hoje: pós-Copom, alta de juros na Europa deve guiar mercados

Nesta quinta-feira, o Banco da Inglaterra elevou o juro básico em 50 pontos-base, a 5%, e surpreendeu parte dos analistas

Números sendo mostrados em uma tela
Os pontos da bolsa ajudam o investidor a tomar decisões, servindo como referência para as carteiras. Foto: Adobe Stock

Investidores repercutem nesta quinta-feira, 22/06 a decisão do Banco Central da Inglaterra (BoE) em aumentar sua taxa de juros em 50 pontos-base, para 5%, divulgada nesta manhã.

O mercado irá monitorar o testemunho no Senado dos Estados Unidos do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, um dia depois de participar de audiência da Câmara dos Representantes. Outros dirigentes do Fed e também do Banco Central Europeu falam em eventos.

No Brasil, serão divulgados os dados de arrecadação de abril e maio do governo federal. Por aqui, investidores repercutem a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano ontem à noite. A decisão era esperada, mas a autoridade monetária não sinalizou probabilidade de corte em agosto.

Ficam no radar um encontro do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com governadores para debater a reforma tributária. Haverá também uma coletiva de imprensa do presidentes do BNDES, Aloizio Mercadante, e o da Petrobras, Jean Paul Prates, para divulgar acordo de cooperação técnica que institui a Comissão Mista BNDES-Petrobras. O presidente Lula cumpre agenda hoje na França.

No exterior

Ontem, o testemunho de Powell no Congresso americano apontou que quase todos os dirigentes votantes do Fed são a favor de mais altas das taxas de juros até o final do ano, uma vez que a inflação dos EUA segue muito acima da meta oficial, de 2% ao ano. Os comentários levaram as bolsas de Nova York a sofrerem nova rodada de perdas na quarta-feira.

Na semana passada, o Fed deixou seus juros inalterados, na faixa de 5,00% a 5,25% ao ano, após 10 aumentos consecutivos, e também sinalizou possíveis novas elevações ainda este ano.

Além do BoE, os Bancos Centrais da Suíça e Noruega também subiram os juros nesta manhã. A expectativa dos analistas é de que o BoE iria subir os juros entre 25 e 50 pontos-base após a inflação ao consumidor no país vir acima do esperado em maio.

No Brasil

O Ibovespa deve passar por ajustes, repercutindo a decisão do Copom. O presidente Lula elevar o tom das críticas ao Banco Central, depois de o Copom pregar cautela e não dar sinais sobre seus próximos passos na política monetária, em um comunicado enxuto ontem. O anúncio frustrou quem esperava uma sinalização mais explícita de suavização de juros.

Antes de decolar da Itália para a França, o presidente brasileiro afirmou que o nível da Selic é “irracional” e a direção do Banco Central (BC) joga contra os interesses do País. “É irracional o que está acontecendo no Brasil, uma taxa de 13,75% e inflação de 5%”, afirmou Lula, sem citar Roberto Campos Neto, presidente do BC.

Ontem, a expectativa por sinal mais dovish do BC levou o Ibovespa a superar, no fechamento os 120 mil pontos, maior nível desde o dia 4 de abril de 2022, enquanto o dólar caiu mais, aos R$ 4,7678, com relatos de ingressos de recursos estrangeiros.

A aprovação do arcabouço fiscal no plenário do Senado foi bem recebida, mas houve mudanças no texto, que retornará à Câmara. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que a aprovação com as mudanças promovidas pelo Senado vai abrir espaço fiscal no Orçamento para a nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que ficaria comprometido sem a alteração.

*Com informações da Agência Estado


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