Mercado hoje: votação de urgência da regra fiscal fica no foco

A agenda desta quarta-feira, 17/05, está concentrada na votação da urgência do projeto de lei do arcabouço fiscal na Câmara, que acelera a tramitação da pauta. O deputado Claudio Cajado (PP-BA) apresentou ontem o relatório preliminar.

Hoje o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, estará na abertura da I Conferência Anual do BC e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de audiência pública na Câmara.

Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca para o G7, onde terá ao menos três reuniões bilaterais durante sua passagem pelo G7 neste final de semana.

Serão divulgados ainda os dados do varejo restrito e ampliado em março.

No exterior

Nos Estados Unidos, investidores monitoram as negociações sobre a elevação do teto da dívida dos EUA, que ontem encerraram mais uma rodada sem acordo. Diante da indefinição, o presidente americano, Joe Biden, decidiu adiar viagem à Oceania.

Biden classificou como “boa” e “produtiva” a reunião que teve com lideranças do Congresso na terça-feira. Segundo ele, as conversas entre as equipes vão continuar diariamente. O democrata ressaltou que o default da dívida pública “não é uma opção” e que as divergências entre os partidos não podem justificar um calote.

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O presidente da distrital do Federal Reserve (Fed) em Atlanta, Raphael Bostic, comentou que, se o impasse continuar, o BC terá de “reavaliar” os fatores considerados em decisões monetárias. Bostic detalha que os efeitos poderiam prejudicar a moeda americana, ao abalar a confiabilidade dos EUA.

Para ele, a inflação não deve baixar tão rápido para justificar cortes de juros no curto prazo.

Na zona do euro, a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) atingiu 7% em abril, de 6,9% em março, em linha com o esperado.

Na Alemanha, o Commerzbank divulgou lucro líquido de 580 milhões de euros no primeiro trimestre de 2023, 95% maior do que o ganho apurado em igual período do ano passado.

No Brasil

Os mercados locais devem ficar em compasso de espera pela votação da urgência do novo regime fiscal num dia de agenda externa fraca.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que recebeu ontem garantia do MDB de que a bancada do partido na Câmara estará em peso na votação a favor da urgência e que a legenda trabalhará para que outros partidos, inclusive de oposição, votem a favor da proposta.

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Já a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que o arcabouço fiscal é uma “bala de bronze” do governo e tem papel fundamental para a redução da taxa de juros, o que pode ocorrer já a partir do segundo semestre deste ano. Ela estima que o Congresso pode aprovar a regra fiscal em um mês.

*Com informações da Agência Estado

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