Mercados financeiros hoje: decisão de juros na zona do euro e dados dos EUA guiam exterior
A expectativa é de que o BC da zona do euro corte os juros em 25 pontos-base, para 3,25%
A decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e a coletiva com sua presidente, Christine Lagarde, ficam no centro das atenções nesta quinta-feira. Nos Estados, serão acompanhados as vendas no varejo, produção industrial, discurso do presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, e balanço da Netflix. No Brasil, a agenda esvaziada traz o IGP-10 de outubro.
Exterior
O sinal é positivo nas bolsas internacionais antes da decisão do BCE e indicadores nos Estados Unidos. A expectativa é de que o BC da zona do euro corte os juros em 25 pontos-base, para 3,25%, e sigam com discurso de que os próximos passos dependem de indicadores econômicos. A inflação na zona do euro está abaixo da meta de 2%. O índice de preços ao consumidor (CPI) desacelerou para 1,7% sem setembro, de 2,2% em agosto, abaixo do esperado (1,8%). Em Wall Street, o Nasdaq futuro lidera alta entre os índices diante do salto de quase 8% do ADR da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), após a maior fabricante de semicondutores do mundo divulgar lucro trimestral recorde, impulsionado pela forte expansão da inteligência artificial (IA). Os papéis da Nvidia, AMD e Intel também eram beneficiados. O petróleo passou a subir nesta manhã, num movimento de recuperação após três sessões em queda.
Brasil
O Ibovespa pode ter fôlego curto nesta quinta-feira diante da forte queda do minério de ferro na China, de 5,99%. Os ADRs da Vale perdiam 1,64% e os da Petrobrás cediam 0,07% diante da recuperação moderada dos preços do petróleo. O leve avanço dos rendimentos dos Treasuries e incertezas no front fiscal podem amparar um viés de alta nos juros. A ideia do governo de retirar os gastos de estatais do Orçamento não caiu bem aos olhos do mercado, que também espera medidas concretas em relação ao prometido corte de gastos. No radar fica a decisão de hoje da Camex sobre a aplicação de uma tarifa antidumping sobre as importações chinesas de folhas metálicas utilizadas em sua maioria para a confecção de latas para produtos alimentícios e tampas de garrafas de bebidas. A votação deriva de um pedido feito pela CSN, única produtora nacional de folhas metálicas, e pode mexer com ações da empresa.
*Agência Estado
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