Mercados financeiros hoje: PL dos fundos pode animar investidor no Brasil, mas exterior pressiona
Os mercados globais aguardam pelo resultado do PIB americano para ajustar as apostas para a política monetária dos EUA
A agenda desta quinta-feira (26/10) traz a divulgação do IPCA-15 de outubro, a primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre nos Estados Unidos, a decisão sobre juros do Banco Central Europeu (BCE), com coletiva da presidente da instituição, Christine Lagarde. Entre os balanços, saem números da Vale e da Amazon.
No exterior, cautela ainda predomina
O investidor mantém uma postura defensiva nesta manhã, o que se traduz em queda das bolsas em meio ao avanço dos retornos dos Treasuries longos e balanços corporativos, além de manter a guerra no Oriente Médio no radar.
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Os papéis da Meta (Facebook) caíam perto de 3% às 7h após a empresa agradar com os números trimestrais, mas posteriormente alertar sofre fraqueza na demanda por anúncios. O balanço da processadora norte-americana de frango Pilgrim’s Pride, controlada pela brasileira JBS, pode influenciar as ações da JBS.
Em Paris, as ações do BNP Paribas perdiam 3,77% depois de o banco apresentar lucro menor que o esperado.
Os mercados globais aguardam pelo PIB americano para ajustar as apostas para a política monetária dos EUA. As atenções também estão no BCE, que deverá manter os juros inalterados, após 10 altas seguidas, com analistas destacando a fraqueza da economia da zona do euro.
No Brasil, aprovação de medidas no Congresso podem animar
A queda das bolsas internacionais e alta dos rendimentos dos Treasuries longos devem pesar nos mercados domésticos, embora o dólar mais fraco ante outras moedas emergentes possa ser um contraponto.
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Além disso, um fator interno pode ajudar no apetite local: a aprovação na Câmara do projeto de lei que prevê a taxação dos fundos de alta renda (exclusivos e offshore) por 323 a 119, e uma abstenção.
O PL deve ajudar o governo na tarefa de cumprir e meta de déficit fiscal zero no ano que vem, com arrecadação em 2024 de cerca de R$ 18 bilhões. O aval ocorreu no mesmo dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a nomeação de Carlos Antônio Vieira Fernandes para a presidência da Caixa no lugar de Rita Serrano, que foi demitida.
Também ontem o Senado aprovou o PL que prorroga a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia e o texto agora segue para sanção presidencial.
A seis dias da decisão do Copom, o mercado olha o IPCA-15.
* Agência Estado
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