Como investir para proteger seu patrimônio financeiro?
Especialista dá dicas de como diversificar investimentos e planejar seu orçamento pensando no futuro
Mudanças no cenário econômico, como inflação e variação da taxa de juros, podem gerar imprevistos e atrapalhar o planejamento orçamentário. Um modo de se proteger das flutuações da economia é investir tendo em vista a proteção do patrimônio.
A seguir, listamos algumas dicas de especialistas para ajudar o investidor iniciante, retiradas dessa entrevista em vídeo feita pela B3 sobre diversificação em tempos de mudanças tributárias:
De acordo com as informações compartilhadas no vídeo, fizemos um breve resumo para você que deseja aprender a pensar no futuro do seu patrimônio de forma bem instruída e consciente. Vamos lá?
Primeiros passos para proteger seu patrimônio
Seja pela segurança ou por sua tradição, a poupança é um dos investimentos preferidos do brasileiro. Porém, já faz tempo que ela não tem o rendimento que chegou a ter no passado. Hoje, com a alta da inflação, o rendimento da poupança não consegue acompanhar o aumento do custo de vida, o que na prática pode implicar perda de dinheiro do investidor.
Por isso, especialistas recomendam que sair da poupança e diversificar os investimentos com outras modalidades é o primeiro passo para ter rendimentos mais significativos. Se, por muito tempo, a poupança foi o único investimento disponível para os brasileiros, hoje, por meio de uma plataforma digital, é possível participar, por exemplo, de fundos de ações com valores modestos de aplicação inicial: com cerca de R$ 100 já é possível começar. A recomendação é de Teco Medina, palestrante, escritor e apresentador da rádio CBN.
Saiba escolher os seus investimentos
Tomada a decisão de sair da poupança e partir para outros investimentos, é hora de escolher entre as aplicações disponíveis. Importante lembrar que nenhum investimento está livre de riscos, mas existem os menos e os mais arriscados. Sendo assim, a decisão sobre quais investimentos escolher deve ser alinhada ao perfil do investidor. O perfil leva em conta não apenas a tolerância aos riscos, mas os objetivos do investimento e o prazo para o resgate.
Nesse sentido, Medina alerta que não existe “receita de bolo”, pois, embora dois investidores possam ter perfis parecidos – ambos com perfis conservadores, por exemplo –, o que funciona para um pode não funcionar para o outro, pois os objetivos e prazos nunca serão idênticos. É por isso que Medina recomenda autoconhecimento aos investidores iniciantes e, na dúvida, começar investindo quantias baixas.
E por falar em quantias baixas, Medina lembra que cada investimento tem sua faixa característica de aplicação inicial. Se a escolha foi por começar com cautela no mercado financeiro, o investidor pode encontrar ETFs, FIIs e cotas de Fundos de Ações com valores modestos.
Tenha cuidado na hora de investir
Escolher as aplicações que melhor se adequam ao futuro planejado não deve ser a única preocupação do investidor. Infelizmente, os golpes financeiros têm se multiplicado, e, na busca pelos altos retornos prometidos pelos golpistas, pode haver prejuízo.
Medina lembra que os golpes podem ser identificados logo na oferta dos negócios fraudulentos: desconfie da promessa de lucros exorbitantes. É justamente o anseio por retorno financeiro alto e rápido que faz com que muitas pessoas sejam enganadas. Ainda segundo Medina, não existem atalhos, mas sim a disciplina de investir todo mês, com estratégia para minimizar riscos e maximizar lucros.
Com as facilidades trazidas pela internet, como o PIX e os aplicativos de banco, também surgiram novos golpes. Confira quais são as ferramentas que podem te ajudar a se proteger desses golpes envolvendo finanças.
Faça um bom planejamento financeiro
Não menos importante são os cuidados com o planejamento financeiro do dia a dia. Aliado à rotina de investimentos, o controle de gastos pode ser uma ferramenta importante para a proteção do patrimônio em tempos de incertezas na economia.
De acordo com Medina, uma medida simples como anotar numa tabela as receitas e as despesas ajuda a controlar a saída de dinheiro e eliminar gastos supérfluos. O especialista ainda recomenda adotar esse controle de gastos por dois ou três meses, para visualizar as despesas que se repetem mensalmente e aquelas surgidas de imprevistos. Outra vantagem dessa estratégia é controlar os gastos que parecem pequenos, mas que podem somar grandes quantias ao final de certo período, como o cafezinho diário na padaria ou corridas de aplicativos de transporte.
Para quem quer se aprofundar em planejamento financeiro, a B3 oferece um curso que aborda os principais conceitos. Continue nessa jornada de aprendizado e crescimento conosco!