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Saiba como investir em franquias e ‘pegar carona’ no sucesso das marcas

Com investimentos a partir de R$ 5 mil, franquias podem ser uma boa pedida para quem busca segurança

Giovanna Marinho, especial para o Bora Investir

Quem quer investir, mas tem medo de arriscar, pode ver nas franquias uma boa aposta. Mas não se engane, uma marca famosa ou com boa aceitação no mercado por si só não garante o sucesso do negócio. Assim como para outros tipos de investimentos, estudar o mercado e conhecer as peculiaridades do setor é essencial para o sucesso e os lucros. O investimento inicial parte de R$ 5 mil e pode chegar a R$ 5 milhões, segundo o portal da Associação Brasileira de Franquias (ABF).

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Em termos gerais, o gerente da Unidade de Relacionamento com o Cliente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Enio Pinto, afirma que as franquias permitem que o empresário “pegue carona no sucesso” da marca e possa contar com todo suporte do franqueador com consultoria, fundo de promoção e, eventualmente, a compra da unidade franqueada, caso haja alguma dificuldade futura.

Mas é importante lembrar que o franqueado, antes de tudo, é um empreendedor e vai ter que colocar a mão na massa para o negócio dar certo. Esse é o alerta do diretor-adjunto de expansão da ABF e sócio da Y Consultoria, Eduardo Santinoni, que pontua os erros comuns entre os investidores de primeira viagem no ramo das franquias como: não procurar conhecimento sobre a área na qual pretende investir, não reservar o capital de giro e esperar retorno imediato dos investimentos.

Como decidir onde investir?

Escolher um setor para investir pode ser o ponto de partida para um empreendimento bem sucedido. Santinoni defende que é preciso levar em consideração algumas questões. Uma delas é o tipo de mercado, pois o franqueado precisa ter certa expertise sobre aquele determinado setor para conseguir prosperar. “É olhar para dentro e ver o que faz sentido para o seu capital”, aconselha. 

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A localidade também é importante, afinal, o que faz sucesso em uma região do País pode não ser tão eficaz em outra. A jornada para ser franqueado de uma lanchonete não é a mesma de quem trabalha com vendas de sapatos. 

O melhor franqueador existe?

Depende. Algumas franquias são uma boa aposta. A alimentação, por exemplo, está sempre em alta. Eduardo Santinoni, no entanto, aponta algumas tendências no País, como o setor de saúde, beleza e bem-estar e o de turismo. Outra opção muito procurada, segundo ele, são as franquias de baixo investimento, as famosas microfranquias. Elas possuem aportes iniciais inferiores a R$ 135 mil e, normalmente, se encaixam no nicho de serviços ou de atividades autônomas. 

Para saber mais informações sobre determinado franqueador, a dica é: pesquise e converse. As próprias empresas são obrigadas por lei a disponibilizar aos potenciais franqueados o contato de todos os proprietários de franquias da marcas, o que facilita a comunicação. “Os franqueados são a melhor fonte de informação sobre os perrengues do dia a dia e o setor”. 

Para garantir informações seguras, vale também conferir a circular de oferta de franquias, que é basicamente o plano de negócios, de três a quatro franquias distintas para comparação.

Taxa x tempo de retorno 

O lucro depende de acordo com o tipo de investimento. Algumas franquias garantem esse retorno em termos contratuais. No geral, um investimento abaixo de R$ 100 mil tem retorno esperado em até dois anos, acima disso, a recuperação do investimento pode ocorrer a partir de dois anos. Os ajustes legais do contrato devem ser observados pela Lei das Franquias (13.966/2019). 

Santinoni recomenda que o franqueado mantenha o custo de vida para que não dependa dos resultados imediatos do negócio e o capital de giro do negócio seja resguardado. “Se eu tenho R$ 200 mil eu tenho que comprar uma franquia de R$ 120 mil, porque tenho que guardar capital para permitir que eu sobreviva durante a fase que aquele negócio está maturando”, exemplifica.

Aposte na qualificação

Um erro clássico de quem empreende em qualquer setor é não buscar conhecimento. Apesar da rede de apoio concedida pelas próprias franquias, o franqueado, defende Santinoni, precisa saber o que está fazendo e buscar formação para atuar naquela área, pois “o franqueado precisa executar todas as atividades inerentes à atividade empresarial”. 

Além dos cursos da ABF, quem pretende embarcar no mundo das franquias pode buscar os cursos do Sebrae, que está atualizando a carteira de cursos específicos para franqueados e franqueadores, mas já conta com cursos nas áreas de finanças, recursos humanos, planejamento e marketing que colaboram para o negócio. 

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