Organizar as contas

36% dos casais brigam sobre dinheiro pelo menos uma vez por semana; como corrigir

Brigas por conta de dinheiro na vivência do casal podem levar ao divórcio, mas há como corrigir

A má comunicação sobre finanças entre um casal pode resultar em diversos problemas, desde uma discussão até o divórcio do casal. Segundo pesquisa realizada pela plataforma Meu Compromisso, 36% dos casais brigam pelo menos uma vez por semana ao falar sobre dinheiro.

Outra pesquisa, da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Serviço de Proteção de Crédito (SPC) e o Banco Central, revelou que 66% dos casais dizem não conversar sobre dinheiro. Outros 21% só tocam no assunto quando a situação das finanças não está boa.

Segundo Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcios, as conversas francas sobre finanças do casal e sobre a rotina de receitas e despesas devem acontecer mesmo antes do casamento, assim ambos saberão como construir melhor um planejamento financeiro. 

Como ter uma melhor relação com o dinheiro como casal

Para evitar que o dinheiro seja apenas relacionado a problemas, algumas dicas podem fazer com que o casal tenha melhor relação com o tema. Confira!

Reserva de emergência

A reserva de emergência nada mais é do que um valor economizado para cobrir despesas fixas em caso de situações inesperadas. Especialistas afirmam que não se deve começar a investir sem antes ter essa reserva.

“Ter uma reserva de emergência é importante para todo casal que deseja se preparar para momentos de instabilidade. Como o nome já sugere, a reserva de emergência é um dinheiro guardado exclusivamente para dificuldades inesperadas, como desemprego e problemas relacionados à saúde”, destaca Patrick McDougall, CEO da Drip, fintech de soluções financeiras.

Acompanhar de perto as receitas e as despesas

De acordo com Lamounier, ter o controle rigoroso de todo o montante monetário do casal é fundamental para se manter sempre no azul. “Identificar os pontos de melhoria,  analisar o mercado e traçar os seus objetivos é o básico para o planejamento anual, assim você estará preparado para longos períodos e evitará endividamentos”.

Já o CEO da Drip ressalta que todo casal precisa acompanhar seus gastos, seja individualmente ou em conjunto, para evitar que superem a soma das rendas. 

“Se ambos dividem uma conta bancária, pode ser mais fácil centralizar e organizar as despesas comuns, como as da casa. Mas se cada um possui uma conta pessoa física, usar um aplicativo e visualizar as movimentações todos os meses é o melhor caminho para organizar as finanças”.

Priorizar pagamentos à vista

Para quem não se planejou, mas pretende quitar ou manter as contas em dia, é necessário se lembrar de que os pagamentos à vista geralmente oferecem descontos razoáveis, valendo negociar e efetuar o pagamento. O limite do cartão de crédito e o cheque especial são valores que devem ser utilizados de maneira emergencial.

Casal x cartão de crédito: como limitar o uso?

A maior parte das dívidas dos casais está vinculada ao mau uso do cartão de crédito. Para McDougall, uma dica é limitar o uso a um valor específico por mês ou até mesmo a determinados tipos de compra. Afinal, em muitas situações o cartão de crédito pode ser um aliado.

Desta forma, é importante o casal analisar o orçamento e entender até quanto ambos podem gastar no cartão de crédito sem que a saúde financeira seja comprometida.

Falem sobre finanças pessoais

Por fim, mas não menos importante, o diálogo a respeito das finanças é indispensável para todo casal que deseja evitar o estresse relacionado à vida financeira. Por isso, se o casal é próspero e possui um relacionamento com planos para o futuro, a pauta de dinheiro deve ser tratada com transparência. 

“A receita para o sucesso financeiro a dois é estabelecida no planejamento e na organização financeira para o alcance dos objetivos e sonhos do casal”, afirma McDougall.

Para outras orientações sobre finanças pessoais, confira os conteúdos da B3 Educação!