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Pagamento por aproximação: quando usar e quando evitar

Apesar de mais prático, o pagamento por aproximação também oferece alguns riscos. Saiba como se proteger

Pagamento por aproximação
O pagamento por aproximação é uma ferramenta que pode evitar alguns riscos, enquanto abre margem para outros

O pagamento por aproximação se popularizou durante a pandemia de covid-19 porque havia o risco de contaminação pelo vírus ao encostar em objetos tocados por outras pessoas. Mas, com o tempo, muitas pessoas descobriram outros benefícios do pagamento sem contato, que correspondia a 40% das transações com cartões em dezembro de 2022, segundo a Mastercard

Além de dispensar senhas e ser processado mais rapidamente, o pagamento por aproximação oferece mais segurança, já que pode ser usado dentro da própria carteira. Ainda assim, a tecnologia exige alguns cuidados. 

Como utilizar o pagamento por aproximação?

Para fazer transações deste tipo, não é preciso inserir o cartão de débito ou crédito em uma maquininha. Isso é possível por conta da tecnologia Near Field Communication, ou NFC, que em tradução livre para o português significa Comunicação de Campo Próximo. Ela permite que cartões, smartphones e até relógios e pulseiras sejam usados para realizar transações.

Para utilizar o pagamento por aproximação, basta ter um cartão com essa função (geralmente identificado com o símbolo com quatro ondas, que sugere a transmissão sem fio) ou um aplicativo de carteira digital baixado em seu dispositivo móvel. Depois, é só encostar o cartão na tela da maquininha ou em suas laterais. 

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Como proteger seu cartão por aproximação

Para evitar dores de cabeça com o pagamento por aproximação, siga estes passos:

Ajuste os limites do cartão

Uma vantagem de usar o pagamento por aproximação é que a tecnologia dificulta a clonagem do cartão. Por não precisar inseri-lo, o risco de seus dados serem puxados por uma maquininha adulterada é muito menor.

Mas atenção: para usar essa função em compras de até R$ 200 você não precisa digitar sua senha, o que pode ser um chamariz para assaltantes e golpistas. Contudo, é possível pedir para o banco diminuir este valor máximo de maneira a evitar golpes como o da maquininha, em que os criminosos aproximam o dispositivo do bolso da vítima onde o cartão por aproximação está guardado e a compra é realizada. 

“O reconhecimento dos dados do cartão acontece através de radiofrequência, em proximidades de 2 cm a 4 cm. Por isso muitos golpistas usam locais públicos e lotados para aplicarem esse golpe”, diz Camila Magalhães, gerente de operações da N26.

Fique atento aos valores na maquininha

Preste sempre muita atenção no valor digitado pelos funcionários que operam a maquininha. Por ser uma transação rápida, alguns criminosos inserem números maiores que o valor da compra e os mostram rapidamente ou se valem da desatenção para superfaturar com uma compra. É aquela velha história de Carnaval: uma cerveja que custava R$ 5 acabou saindo por R$ 500.

Em outros casos, os criminosos quebram o visor da maquininha ou tampam a tela para passarem valores mais altos e roubarem o dinheiro das vítimas.

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Por isso, recuse fazer pagamentos em que os valores estejam ofuscados, apagados ou escondidos. E, mesmo com a pressa do dia a dia, cheque o valor antes de encostar o cartão ou dispositivo. Também vale abrir o aplicativo do banco para ver, na hora, quanto foi debitado.

Guarde bem o cartão

O golpe da maquininha também pode ser aplicado por meio de aplicativos de banco e carteiras digitais. Se você já tem o hábito de fazer pagamentos desta forma, lembre-se de sempre fechar o app e bloquear a tela antes de guardar o dispositivo.

Além disso, também é importante ativar as notificações do aplicativo da sua instituição financeira. Assim, caso alguém faça uma compra indevida, você saberá na hora e conseguirá bloquear o cartão sem que outros roubos sejam cometidos. Nestes casos, agir rápido permite estancar maiores perdas e, até mesmo, reaver as transações indevidas.

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