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Quanto custa ter e manter um jatinho particular? Veja alternativas

Custos para adquirir um jatinho podem passar da casa dos milhões, mas há opções mais baratas para quem quer os benefícios do transporte aéreo privativo. Confira

Jatinho particular. Foto: Pixabay
Jatinho particular. Foto: Pixabay

Imagine viajar entre cidades distantes ou ir para o exterior sem passar horas nas filas e esperas de aeroportos lotados. Enquanto carros e ônibus enchem o espaço terrestre, outro meio de transporte cresce acima de nossas cabeças: o de jatinhos particulares.

Segundo dados da JHSF, o Brasil tem a segunda maior frota de jatos executivos do mundo, perdendo apenas para os EUA. No primeiro semestre de 2023, a compra e venda de aeronaves novas cresceu 45%, e a de seminovas, 120%, em relação ao mesmo período de 2019, pré-pandemia, segundo levantamento da Líder Aviação.

Quanto custa um jatinho particular

O custo para ter um jatinho novo pode variar bastante a depender de fatores como modelo e tamanho. Os preços podem ir de US$ 3 milhões até mais de US$ 60 milhões. O alto custo é um dos motivos pela busca de aeronaves seminovas.

Famosos do Brasil e do mundo desembolsam valores astronômicos para ter um jatinho para chamar de seu. O jogador de futebol Neymar tem um modelo Falcon 900LX, com custo estimado em R$ 235 milhões. A aeronave comporta 14 pessoas e tem até quarto com cama. Sua velocidade máxima é de aproximadamente 920 km/h.

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Os valores gastos na aquisição vão além do jato em si, já que não incluem custos como honorários advocatícios, inspeções pré-compra, voos de teste, registro, etc.

Quanto custa manter a aeronave?

O elevado valor para a compra de um jato executivo não é o único custo a se ter em mente. Os gastos para manter o avião também são salgados. Os valores podem ser divididos em fixos e variáveis. 

Dentro dos custos fixos estão o hangar, ou seja, o estacionamento do avião; pessoas especializadas para movimentar a aeronave no pátio e pilotos (tripulação); a manutenção preventiva anual obrigatória e seguro.

Os custos médios por atividade são:

  • Hangaragem: R$ 30 mil
  • Tripulação: R$ 40 mil
  • Manutenção obrigatória: R$ 20 mil
  • Seguro: R$ 20 mil

Desta forma, o custo fixo médio mensal é de R$ 90 mil a R$ 120 mil, podendo chegar a R$ 200 mil/mês a depender do tamanho da aeronave. 

Já os custos variáveis estão ligados às horas de voo. São considerados gastos como combustível, taxas aeroportuárias e manutenção diárias.

Custos por hora de voo:

  • Combustível: R$ 1.200 (por hora, em um avião pequeno)
  • Taxas aeroportuárias: R$ 1.000
  • Manutenção: R$ 1.000

Alternativas à compra do jatinho

Achou caro demais para o seu bolso? A compra do jatinho particular não é a única alternativa para quem quer usar esse serviço. Como opção, o serviço de táxi aéreo tem crescido e se diversificado nos serviços oferecidos. Confira:

Fretagem

Funciona basicamente como um aluguel de carro. Só que nesse caso, a fretagem é de um jatinho. 

Segundo informações da empresa de aviação executiva Flapper, o valor de um jato executivo fretado depende de vários fatores, como:

  • O preço estimado por hora ou por km / milha percorrido;
  • O custo das taxas de aterrissagem no aeroporto;
  • Custos de FBO (Base Fixa do Operador), relacionados ao manuseio e utilização do terminal de jato particular;
  • Custos de pernoite;
  • A tarifa mínima de voo ou de viagem mínima.

A empresa ainda afirma que o valor mínimo para fretar um jato particular no Brasil é de R$ 16.160,00 (cerca de US$ 2.890) na rota Jundiaí – Curitiba. A viagem São Paulo – Rio de Janeiro, pode custar de R$ 20.170 a R$ 39.100, a depender do tamanho do jato.

Voo Compartilhado

Outra opção no serviço de táxi aéreo é o voo compartilhado de jatinho, que tem a mesma premissa do voo comercial, em que se compra o lugar, mas com toda a experiência particular de um jato executivo.

Essa alternativa conta com rotas pré-determinadas, pelas empresas que disponibilizam seus serviços na internet e até por aplicativos. Como um uber de jatinhos.

Empty Leg

Toda aeronave que sai para uma operação de fretamento precisa voltar para sua base. Segundo a Flapper, em média, a cada 10 voos deste tipo, 3 retornam vazios ao hangar de origem. 

Para amenizar a capacidade ociosa das aeronaves de táxi aéreo, algumas empresas oferecem uma opção para encontrar os voos de reposicionamento – os tais “empty legs”.

“As pernas vazias surgem de última hora e, por conta disso, possuem preços muito mais acessíveis. Os descontos nessa modalidade chegam a 60% em comparação com fretamentos convencionais. Por isso, as rotas disponibilizadas no aplicativo costumam se esgotar em poucas horas”, afirma a empresa.

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