CDB: saiba tudo sobre esse investimento que é uma opção à poupança
Modalidade de investimento em renda fixa é indicado para quem busca segurança
Durante muito tempo, as pessoas preferiram aplicar na poupança, seja porque era possível obter um bom rendimento, seja pela segurança de ter uma reserva com liquidez imediata. Mas já há algum tempo a poupança não rende tanto quanto no passado – nos últimos quatro anos, por exemplo, o rendimento não chegou a 5%. Isso quer dizer que quem não buscou outras formas de investir acabou perdendo poder de compra, já que a inflação ficou acima desse patamar em alguns períodos.
Uma opção para quem busca mais rentabilidade sem aumentar sua exposição ao risco é o CDB (Certificado de Depósito Bancário). Trata-se de um investimento em renda fixa, ou seja, com regras de remuneração definidas no momento da compra do título. Isso quer dizer que o investidor sabe com antecedência a fórmula para o cálculo da remuneração e qual o prazo para obtê-la.
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O CDB é um título emitido por um banco ou uma corretora com o fim de captar recursos. Na prática, quando emite um CDB, o banco está “pedindo dinheiro emprestado” dos investidores para oferecer empréstimos a outros clientes. Para o investidor, o ganho é obtido na forma juros desse empréstimo. As taxas variam de acordo com cada título, como você pode ver a seguir.
Quais são os tipos de CDB?
CDB pré-fixado
O retorno desse título é dado por uma taxa de juros pré-definida. A instituição que pediu o dinheiro emprestado paga uma taxa pelo período, que pode ser expressa para o mês (0,5% ao mês, por exemplo), ou ao ano (12% ao ano, por exemplo).
CDB pós-fixado
Nesse título, a remuneração é atrelada ao desempenho de indicadores da economia. É possível ter uma ideia de qual será o retorno, mas ele vai depender do comportamento dos indicadores até o vencimento do título. Um dos principais indexadores, é a taxa DI, a taxa de empréstimo mútuo entre os bancos quando emitem Certificados de Depósito Interbancário (CDI). É comum encontrar títulos com rendimento de 100% do CDI, por exemplo.
Também podem ser usados como referência o IPCA, o índice de inflação oficial, e a Selic, taxa básica de juros definida pelo Banco Central.
CDB híbrido
Aqui, parte do retorno é estabelecida no momento da aplicação e parte é atrelada a algum índice econômico. Títulos que pagam uma taxa acima do IPCA do período podem ser uma boa estratégia para se proteger da inflação. Com ele, o investidor tem certeza de que estará protegendo seu poder de compra.
Atenção!
Se o CDB oferecer retorno menor do que 100% da Selic, vale mais a pena investir no Tesouro Selic, que garante a taxa básica de juros com liquidez diária
Como é a segurança no CDB?
O maior risco para o investidor ao comprar um CDB é a quebra do banco ou corretora que emitiu os títulos. Esse risco, além de muito pequeno para as instituições maiores e mais reconhecidas, é coberto pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
O fundo é uma associação civil sem fins lucrativos criada para administrar a reserva de proteção aos investidores de alguns tipos de título, entre eles o CDB. Dessa maneira, em caso de falência da instituição, o detentor de CDB é indenizado em até R$ 250.000 – considerando a instituição ou o CPF. O limite para ressarcimento é de R$ 1 milhão a cada quatro anos.
Quando posso sair do CDB?
Há CDBs com liquidez diária, ou seja, que permitem resgatar o dinheiro investido a qualquer momento. E há títulos que só podem ser resgatados no vencimento, um prazo que costuma ser superior a um ano.
Em geral, o retorno é maior quanto mais longo o prazo para resgate. Vale lembrar, porém, que a liquidez é importante para quem está buscando ter uma reserva de emergência.
Está na dúvida se o CDB é uma boa opção para você? É importante entender seus objetivos e que tipo de riscos você está disposto a correr. Para saber mais, a B3 disponibiliza um vídeo explicativo com tudo o que se deve saber sobre perfil de investidor.
Qual a tributação sobre o CDB?
Assim como em outros investimentos, os impostos são menores quanto maior o prazo do investimento.
O Imposto de Renda (IR) tem alíquota regressiva:
- Alíquota de 22,5% para até 180 dias;
- 20% de 181 a 360 dias;
- 17,5% de 361 a 720 dias;
- 15% para mais de 721 dias.
Para resgatar a aplicação em menos de 30 dias, além do Imposto de Renda, o investidor precisará pagar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O valor recolhido diminui de acordo com os dias restantes até o resgate, iniciando com 96% no segundo dia até atingir a isenção no trigésimo dia.
Tanto o IR quanto o IOF incidem apenas sobre o rendimento da aplicação, isto é, a diferença entre o valor resgatado e o valor investido.
Qual a relação entre CDI e CDB?
O Certificado de Depósito Interbancário, também chamado de taxa DI, é uma operação entre bancos que segue a lógica da Selic, porém sem atuação do governo. A taxa DI é, em média, 0,2 ponto porcentual menor que a taxa básica de juros e serve de referência para a rentabilidade de vários títulos, como alguns CDBs.
Para saber sobre outras questões que influenciam no funcionamento dos CDBs, veja o vídeo da B3 sobre o assunto.
Dica rápida:
Fique de olho em quatro critérios na hora de escolher um CDB:
- Qual o retorno oferecido? Se é pré ou pós-fixado e qual a expectativa de rendimento
- Qual o prazo de vencimento? O período para que o retorno combinado seja pago
- Qual o sistema de liquidez? Mesmo que haja um prazo de vencimento, alguns títulos permitem resgate após período de carência ou venda no mercado secundário (sem garantia de retorno, porém)
- Qual o risco do emissor? A nota da instituição emissora dada pelas agências de classificação de risco. Quanto mais próximo de AAA, melhor.
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