O que é ETF ou fundo de índice?
Saiba mais sobre uma das modalidades que mais atraem investidores iniciantes
O nome parece complicado: Exchange Traded Fund, ou ETF. Mas esse investimento é uma forma simplificada de fazer aplicações em renda variável, já que é possível investir em diversos ativos por meio de um único produto.
O ETF é um tipo de fundo, uma espécie de “condomínio” de investidores, mas tem duas características básicas que o diferenciam dos demais fundos de investimento:
1) Estão atrelados a algum índice de referência. No caso de um fundo referenciado no Ibovespa B3, por exemplo, o gestor ajusta a composição de maneira a espelhar a carteira e a proporção do principal índice da bolsa de valores. Há também ETFs referenciados por índices de renda fixa, como o IMA-B, de títulos públicos atrelados à inflação (IPCA). É possível, ainda, investir em uma cesta de criptomoedas como bitcoin ou ethereum. Como a função dos ETFs é reproduzir um índice, numa gestão passiva, a taxa de administração costuma ser menor do que a de outros fundos de investimento;
2) As cotas de ETFs são negociadas na bolsa como se fossem ações, portanto, respondem à lei da oferta e demanda – a cota de um ETF com bom desempenho terá maior procura e seu preço subirá, por exemplo. A possibilidade de comprar e vender cotas a qualquer momento, como se fossem ações, dá mais flexibilidade ao investidor. Outra vantagem é que não há um investimento mínimo: é possível comprar uma cota só de um ETF.
Além disso, o fundo de índice, como também é conhecido, pode ser uma opção para quem tem menos tolerância ao risco. Isso porque há uma diversificação maior nos investimentos, que tende a suavizar as oscilações. Outra opção é o BDR de ETF, isto é, ETFs listados no exterior, mas que são negociados também na B3.
Como investir em ETFs?
Para conhecer todos os ETFs em negociação na bolsa e avaliar seu desempenho, a dica é acessar o site etf.com.vc, produzido pela B3 em parceria com outras instituições do mercado. Ali é possível ver a lista completa e escolher por tipo de ativo – ações, renda fixa, criptomoedas, metais ou setor imobiliário etc –, entender a qual índice esses ETFs estão atrelados e avaliar o desempenho deles no último ano, mês e dia.
É importante lembrar que rentabilidade passada não significa rentabilidade futura e vale estudar as tendências para os tipos de ativo que compõem o ETF escolhido.
Para efetuar a compra, o investidor precisa ter conta aberta em uma corretora – que pode cobrar ou não taxa de corretagem para fazer a operação. O investidor pagará ainda uma taxa de administração (que já vem descontada da rentabilidade informada pelo ETF) e 15% de Imposto de Renda sobre os lucros obtidos. No caso de ETFs imobiliários, a alíquota sobe para 20%. A parcela é calculada pelo próprio investidor e deve ser paga por meio do Documento de Arrecadação da Receita Federal (Darf).
Para saber ainda mais sobre investimentos e educação financeira, não deixe de visitar o Hub de Educação da B3.