O que é swing trade? Operações de curto e médio prazos
Operações de curto e médio prazos são uma opção para quem quer se tornar day trader
A volatilidade da bolsa de valores permite ao investidor realizar diversas operações especulativas. Em geral, usamos o termo “especulação” quando a negociação é baseada em estimativas pouco embasadas sobre o movimento futuro do mercado. Mas essa denominação também é atribuída às negociações de curto ou curtíssimo prazos, para lucrar com as pequenas variações no preço dos ativos.
O day trade é a modalidade mais conhecida de especulação, onde as operações são feitas num único dia. Além deste perfil, temos outros dois tipos de investidores: os de longo prazo — que se apoiam em teses fundamentalistas para avaliar a qualidade das empresas, além de participar de assembleias para ver de perto os resultados — e os intermediários, que fazem o chamado swing trade e reúnem características dos dois extremos.
Os swingers carregam as ações por mais de um dia, mas raramente permanecem com o mesmo papel após algumas semanas.
O swing trade é o tipo de negociação mais comum entre as pessoas físicas que investem no mercado financeiro. E quem prefere investir dessa maneira precisa conhecer um pouco dos estudos que norteiam os dois universos!
Como investir no swing trade?
No caso de vendas e compras de curto prazo, é interessante saber os fundamentos da análise técnica. Essa é a principal ferramenta de tomada de decisões, pois os gráficos são úteis para sinalizar tendências de mercado para os próximos dias ou semanas.
Se nas operações de day trade o investidor olha os movimentos em horas ou minutos, no swing trade os gráficos terão de apontar referências para prazos maiores. Mas isso não isenta o investidor de prestar atenção diária no mercado, já que a análise desenhada para aquele dia pode estar completamente diferente no pregão seguinte.
Identificadas as tendências do mercado no curto e médio prazos, o investidor de swing trade costuma definir as metas a serem alcançadas, a fim de saber quando é hora de vender o ativo. Esse público geralmente opera visando a ganhos com a variação nos preços de ações, contratos futuros e ativos de índice (ETFs).
Entenda seu perfil de investidor além da tendência
Você sempre sabe a hora de vender, seguindo a sua expectativa para o preço, ou é do tipo que, na ambição de ter um retorno maior, irá prolongar demais uma operação e acabar perdendo os lucros que já conseguiu? Saiba que estabelecer a estratégia e se manter nela é uma característica importante do swing trader!
Um dos grandes erros do swing trade é prolongar demais uma operação e acabar perdendo ganhos já obtidos. Por outro lado, pode-se errar mantendo sua posição no ativo na tentativa de recuperar o prejuízo e acabar ampliando a perda.
Assim como o day trader, quem faz swing trade precisa ter mais tolerância a risco. Por isso, é importante, antes de decidir, avaliar seu perfil de investidor.
Swing trade: riscos e vantagens
Quem opera em swing trade trabalha com duas possibilidades: uma para o caso de alta e outra para o de baixa das ações. Assim, quando a cotação do ativo alcança uma alta ou uma baixa, é a hora de se desfazer dele.
A vantagem do swing trade é a possibilidade de uma valorização maior ao longo do tempo, sem precisar se apegar aos ganhos diários, como acontece no day trade. É uma modalidade também que não demanda dedicação integral, observando o tempo todo oscilações do ativo na tela do computador.
Outro ponto forte dessa estratégia é que o swing não depende de tentar “acertar” qual será o movimento do ativo no dia em questão pois, quanto maior o período, mais clara se torna a identificação de uma tendência de alta ou de queda do papel. Embora seja mais difícil saber qual os preços mínimo e máximo de um ativo, já é possível ter ganhos com a variação.
Para mitigar os riscos, é possível utilizar ferramentas como “stop loss” ou “stop gain”, que são ordens programadas pelo investidor no home broker para encerrar uma operação automaticamente quando o ativo atinge um valor predeterminado.
Quem pode investir nessa modalidade?
Enquanto o day trade é mais indicado para investidores com mais experiência no mercado, o swing trade é um modo de começar a compreender a volatilidade de um ativo no mercado. Mesmo para investidores iniciantes, interessados apenas em acompanhar o desempenho de uma empresa listada por meses, visando ganhos de longo prazo, pode ser uma experiência interessante.
É um modo de aprender o quanto algumas notícias da economia ou mesmo o resultado de uma pesquisa eleitoral são capazes de ter impactos grandes no preço de uma ação – que podem ser revertidos no dia seguinte. Trata-se de uma escola para estudar as intempéries da renda variável.
Outro fator importante para sobre swing trade está nos custos. Geralmente, as operações de swing trade estão sujeitas ao Imposto de Renda. A alíquota de 15% incide sobre o lucro obtido na operação.
A apuração dos valores e o pagamento devem ser feitos mensalmente pelo investidor, com a emissão de um DARF (documento de arrecadação de receitas federais). Importante lembrar: só não existe a cobrança de Imposto de Renda caso o investidor faça vendas de ações abaixo de R$ 20 mil por mês em swing trade.
No day trade a alíquota sobe para 20% do lucro das operações, mesmo que o volume total das vendas do mês fique abaixo do teto de R$ 20 mil.
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