BDRs

BDR de ETF afasta risco das classes de ativos, setores e, até mesmo, dos países, diz BlackRock

Toda carteira precisa de diversificação, e um BDR de ETF atende a todos os perfis de investidor

Bandeiras hasteadas de vários países onde as empresas estrangeiras vendem papéis de ações via BDR. Intercâmbio. Foto: Adobe Stock
O mundo globalizado conta com investimentos que alcançam toda a economia mundial. Foto: Adobe Stock

Quanto mais diversa a carteira, menos volatilidade ela enfrenta. Até porque, no mundo dos investimentos, o que prejudica certo setor pode beneficiar outro. Isso vale tanto para as classes de ativos quanto para setores. Mas, em momentos de incerteza política e econômica, diversificar países e regiões geográficas é uma dica valiosa para o investidor de todos os perfis de risco – e um BDR de ETF pode matar os três coelhos numa cajadada só. 

Um BDR é um Brazilian Depositary Receipts – em português, um recibo brasileiro de depósito. Eles funcionam como uma garantia de que um investidor comprou um ativo de alguma das várias bolsas do mundo. Este ativo pode ser uma ação, um título da dívida de outro país ou, neste caso, um fundo de índice.

Diversificação de investimentos: por que é tão importante e como fazer

Um fundo de índice é uma tradução livre de Exchange Traded Fund (ETF), que significa algo como fundo de investimento negociável. Basicamente, este tipo de ativo procura replicar o desempenho de algum índice de ações. Isso é feito por um gestor, que vai selecionar as ações e comprá-las com o dinheiro enviado pelos cotistas do fundo. Depois de certo tempo, quem investiu no fundo recebe seus dividendos ou pode vender seu pedacinho do ativo.

O que é um BDR de ETF?

Os nomes são feios, a gente sabe. Mas, segundo a diretora da BlackRock, Paula Salamonde, investir em um BDR de ETF é tão fácil quanto comprar ou vender uma ação. “O BDR é só uma cordinha que liga a B3 ao investimento lá de fora. Mas ele não tem valor por si só nem liquidez: é um espelho do ativo que o referencia no exterior”, explicou durante o Anbima Summit

Assim, um BDR de ETF funciona como um certificado de que um investidor brasileiro comprou, através da B3, uma cota de um fundo negociado lá fora.  “A negociação é muito simples, feita em reais como se fosse uma ação: basta ter uma conta em uma corretora nacional. Já são quase 2 milhões de investidores pessoa física no mundo, considerando os BDRs de Renda Variável e ETFs”, conta Thalita Forne, gerente de produtos da B3.

Para ela, este tipo de fundo possui três características:

  • são eficientes, pois são uma cesta de ativos que possui um gestor especializado
  • são facilmente conversíveis em dinheiro, à medida que tem alta liquidez no mundo inteiro
  • são flexíveis, pois dão acesso a diferentes cenários internacionais de maneira rápida e simples 

No mundo, o mercado de ETFs já registra US$ 10 trilhões investidos, e a expectativa é que alcance US$ 17 tri nos pr´ximos cinco anos, diz Salamonde. “Eles atendem todos os tipos de investidor: desde o institucional de uma grande instituição até a pessoa física iniciante”, afirma.

Como investir em um BDR de ETF?

A B3 disponibiliza para negociação cerca de 200 BDRs de ETF e quase 1000 BDRs de ações, praticamente todos os BDRs já contam com formador de mercado. Isso quer dizer que, além de fornecer a estrutura regulatória e tecnológica necessária para comprar e vender um ETF do exterior, a bolsa brasileira também garante a liquidez do ativo. “Os parâmetros para eles são os mesmos do padrão internacional. O custo da liquidez é relevante, por isso os formadores estão em tela e atuando”, explica Forne.

+ Como investir no exterior sem sair da B3?

Todo o processo de criação, compra e venda de uma BDR de ETF é acompanhado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pela entidade reguladora do mercado financeiro do país de origem da aplicação. As cotas de ETFs são negociadas na bolsa como se fossem ações, portanto, respondem à lei da oferta e demanda – a cota de um ETF com bom desempenho terá maior procura e seu preço subirá, por exemplo, e o mesmo vale para um BDR. 

Já a possibilidade de comprar e vender cotas a qualquer momento, como se fossem ações, dá mais flexibilidade ao investidor. “Um ETF entra e sai muito rapidamente, e atende a qualquer estratégia de exposição ou apetite de risco”, afirma a diretora da BlackRock.

Passo a passo para comprar um BDR de ETF

Só a B3 oferece os processos de negociação, liquidação e custódia dos BDRs de ETF no Brasil. Para acessar o sistema e fazer a compra da aplicação, você precisa:

  1. Abrir um conta em uma corretora de valores mobiliários ou banco de investimentos 
  2. Acessar o home broker da plataforma, que dará acesso ao sistema da B3
  3. Digitar o código de identificação, também conhecido como ticker, do BDR. Ele é composto por 4 letras maiúsculas que fazem referência ao índice do ETF mais o número 39, que representa o BDR de ETF
  4. Selecionar a quantidade de cotas a serem compradas 
  5. Concluir a transação e esperar o envio do recibo da operação

Quer aprender a diversificar investimentos? Veja este curso gratuito do Hub de Educação da B3 com um passo a passo sobre como investir em ETFs.

Sobre nós

O Bora Investir é um site de educação financeira idealizado pela B3, a Bolsa do Brasil. Além de notícias sobre o mercado financeiro, também traz conteúdos para quem deseja aprender como funcionam as diversas modalidades de investimentos disponíveis no mercado atualmente.

Feitas por uma redação composta por especialistas em finanças, as matérias do Bora Investir te conduzem a um aprendizado sólido e confiável. O site também conta com artigos feitos por parceiros experientes de outras instituições financeiras, com conteúdos que ampliam os conhecimentos e contribuem para a formação financeira de todos os brasileiros.