“Oportunidade de fazer algo diferenciado”, diz Kikuchi, da Nu Asset, em lançamento do 1º ETF atrelado ao Futuro de Bitcoin
O ETF NBIT11 acompanha o desempenho dos contratos futuros de bitcoin com vencimento mensal na bolsa brasileira
Os investidores de ETFs – e os de cripto – ganharam mais uma opção para suas carteiras de investimentos. Em cerimônia de toque de campainha na B3, foi lançado o NBIT11, ETF com exposição aos contratos futuros de bitcoin, da Nu Asset.
O novo ativo é o primeiro ETF (fundo de índice), que acompanha o desempenho dos contratos futuros de bitcoin com vencimento mensal mais próximo na bolsa brasileira. O ativo replica o Índice Nasdaq Brazil Bitcoin Futures TR, desenvolvido pela Nasdaq exclusivamente para o novo veículo de investimento.
“A gente olhou para o mercado que já possui ETFs de Bitcoin Spot, à vista, e viu uma possibilidade de fazer algo diferenciado. Diferenciado no sentido de olhar um contrato futuro, entender os valores que esse contrato futuro possui, as vantagens, principalmente em relação a você estar negociando na Bolsa de Valores, a necessidade de não ter uma custódia segregada, mas estar custodiado dentro da própria B3. Essa simplificação e facilidade trouxeram benefícios importantes para a construção do ETF”, destacou Andrés Kikuchi, diretor executivo da Nu Asset Management.
O NBIT11 está disponível para negociação na B3 com valor estimado da cota no lançamento de R$ 50. Tem taxa de global cobrada de 0,50% ao ano e liquidez de D+2 para resgate. A Nu Asset informa que a taxa cairá progressivamente à medida que o patrimônio do fundo crescer.
Para Kikuchi, a classe de criptos teve um amadurecimento e hoje tem papel importante para agregar valor em um portfólio completo.
“Para a gente, ao longo dos últimos anos, foi um processo muito de amadurecer todos esses conceitos, trazer isso para um portfólio, principalmente o portfólio brasileiro, que olhe classes de ativos como renda fixa, renda variável, investimentos internacionais. A criptomoeda, no caso o Bitcoin, fez bastante sentido porque agrega um determinado valor e, principalmente, traz uma descorrelação aos demais ativos, o que para um portfólio completo gera um atrativo muito grande”, apontou.
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Por que um ETF de Futuro de Bitcoin?
Segundo o diretor executivo, um dos benefícios é ter um ETF de futuro de bitcoin é a custódia. Como o ativo é um contrato futuro negociado na própria B3, não há a necessidade de uma custódia segregada dentro de uma wallet ou em um outro custodiante fora do sistema da bolsa brasileira. Mas além disso, há benefícios adicionais.
“A gente viu potenciais não só no contrato futuro de capturar a performance do Bitcoin, mas também algumas performances adicionais a partir de determinadas arbitragens, a partir do potencial de conseguir, inclusive, ter um carrego, ter um rendimento adicional vindo do próprio CDI, do diferencial de juros que possui dentro do próprio contrato”, ressaltou ele.
Kikuchi ainda considera essencial a possibilidade dos investidores também utilizarem esse ETF como instrumento de arbitragem ou hedge, em conjunto com o próprio contrato futuro. “E no futuro, quem sabe, a gente também trazer novos ETFs baseados em derivativos desse contrato futuro e outras inovações que podem visitar a caminho”.
Papel de democratização do ETF
O diretor executivo ainda ressaltou que vê os ETFs como uma evolução do mercado de fundos de investimento, com mais eficiência de custos e gestão, diversificação e liquidez, somado ao poder de democratização do ativo.
“É um ponto super importante essa democratização, você tem um ambiente de negociação na B3 irrestrito a qualquer investidor que possa ter acesso a uma corretora, a uma plataforma de investimento e que tenha essa conexão com a B3”, completa.
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