Glossário

CVM (Comissão de Valores Mobiliários) - O que é, significado e definição

Autarquia tem papel central na proteção de investidores e na promoção da integridade e eficiência do mercado de capitais

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda no Brasil. Sua função principal é regular e fiscalizar o mercado de valores mobiliários, que inclui ações, debêntures, fundos de investimento e outros ativos financeiros. 

A CVM também tem como objetivos proteger investidores, promover a transparência e a eficiência do mercado de capitais e garantir que as empresas e os demais participantes cumpram as normas e os regulamentos estabelecidos.

O que é a CVM e qual a sua função?

Como dito anteriormente, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma entidade autônoma associada ao Ministério da Fazenda no Brasil. Sua responsabilidade central é supervisionar e regulamentar o mercado de valores mobiliários, que engloba ações, debêntures, fundos de investimento e diversos outros ativos financeiros.

A CVM protege os investidores ao assegurar que recebam informações precisas e adequadas sobre os investimentos disponíveis. Além disso, promove a transparência, a eficiência e a integridade do mercado, combatendo práticas fraudulentas para garantir que as empresas e os participantes cumpram as normas estabelecidas.

Por meio de sua regulação e supervisão contínua, a instituição contribui para a estabilidade do sistema financeiro nacional, com o incentivo da formação de poupança e do investimento em valores mobiliários de forma segura e responsável. Assim, o papel da CVM vai além da fiscalização, pois abrange também o fomento ao desenvolvimento sustentável e saudável do mercado de capitais no Brasil.

Quais são os principais produtos regulados pela CVM?

A CVM regula diversos produtos no mercado de valores mobiliários brasileiro. Entre os principais, destacam-se:

  • Ações: títulos que representam uma fração do capital social de uma empresa, negociados em bolsas de valores ou mercados de balcão organizados.
  • Debêntures: títulos de dívida emitidos por empresas para captar recursos no mercado, geralmente com prazo de vencimento e remuneração predefinidos.
  • Fundos de investimento: veículos de investimento coletivo que reúnem recursos de diversos investidores para aplicação em uma carteira diversificada de ativos financeiros, administrados por gestores profissionais.
  • Certificados de recebíveis imobiliários (CRI): títulos lastreados em créditos imobiliários, utilizados por empresas do setor imobiliário para captar recursos.
  • Certificados de recebíveis do agronegócio (CRA): títulos lastreados em créditos do agronegócio, usados por empresas do setor para captar recursos no mercado financeiro.
  • Exchange Traded Funds (ETFs): fundos de índice negociados em bolsa, que replicam a performance de um índice de mercado específico e são negociados como ações.
  • Notas promissórias: títulos de crédito de médio prazo emitidos por empresas para captar recursos no mercado de capitais.
  • Derivativos: contratos cujos valores derivam do preço de um ativo subjacente, como contratos futuros, opções e swaps, utilizados para hedge de riscos ou especulação.

Esses são alguns dos principais produtos regulados pela CVM, que estabelece normas e realiza fiscalizações para garantir a segurança, a transparência e a eficiência no mercado de valores mobiliários brasileiro.

Quais são os objetivos da CVM?

Os objetivos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) são essenciais para garantir o bom funcionamento e a integridade do mercado de valores mobiliários no Brasil.

Entre os principais, destacam-se:

  • Proteger os investidores: garante que os investidores recebam informações completas, precisas e oportunas, dando proteção contra fraudes, manipulações e outras práticas abusivas.
  • Promover a transparência: assegura que todas as informações relevantes sobre os valores mobiliários e seus emissores estejam disponíveis ao público, o que promove um ambiente de negociação justo e eficiente.
  • Assegurar a eficiência do mercado: fomenta um mercado de capitais ordenado e competitivo, no qual as transações sejam realizadas de maneira eficiente e com custos reduzidos.
  • Estimular a formação de poupança e investimento: incentiva a população a poupar e investir no mercado de valores mobiliários, o que ajuda a contribuir para o desenvolvimento econômico e a captação de recursos para o financiamento de empresas.
  • Garantir a integridade do mercado: combate e puni práticas ilegais, como o uso de informações privilegiadas (insider trading) e a manipulação de preços. Isso ajuda a assegurar que todos os participantes do mercado atuem de acordo com as regras estabelecidas.
  • Promover a educação financeira: informa e educa os investidores e o público em geral sobre os benefícios e os riscos dos investimentos no mercado de capitais, o que possibilita aumentar a confiança e a participação de pessoas no mercado.
  • Desenvolver normas e regulamentos: elabora e atualiza as normas que regulam o mercado de valores mobiliários, adaptando-se às mudanças econômicas, tecnológicas e legais para garantir a eficácia da regulação.
  • Supervisionar e fiscalizar: monitora as atividades dos participantes do mercado e fiscaliza o cumprimento das normas, com aplicações de sanções quando necessário para manter a ordem e a confiança no mercado.

Através desses objetivos, a CVM busca criar um ambiente seguro, transparente e eficiente, que favoreça o crescimento do mercado de capitais e a proteção dos investidores no Brasil.

Como a CVM se relaciona com outros órgãos reguladores?

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colabora de forma estreita com outros órgãos reguladores e entidades do sistema financeiro, tanto a nível nacional quanto internacional, para garantir a integridade, a estabilidade e a eficiência do mercado de valores mobiliários.

  • Banco Central do Brasil (BCB): a CVM trabalha em conjunto com o Banco Central para coordenar a regulação e supervisão do sistema financeiro, garantindo que as políticas monetárias e de mercado de capitais estejam alinhadas e que as instituições financeiras operem de maneira segura e sólida.
  • Superintendência de Seguros Privados (SUSEP): em conjunto com a SUSEP, a CVM supervisiona os mercados de seguros, previdência complementar e capitalização, além de promover a integração e a coordenação das políticas regulatórias.
  • Secretaria de Política Econômica (SPE): a CVM colabora com a SPE no desenvolvimento de políticas econômicas que incentivem o crescimento do mercado de capitais e a proteção dos investidores, o que contribui para o desenvolvimento econômico sustentável.
  • Conselho Monetário Nacional (CMN): a CVM participa das deliberações do CMN, que estabelece diretrizes gerais das políticas monetária, creditícia e cambial do país, incluindo aspectos relacionados ao mercado de capitais.
  • Bolsa de Valores (B3): interage com a B3, a principal bolsa de valores do país, para assegurar que as operações sejam conduzidas de maneira transparente e eficiente, além de promover o desenvolvimento de novos produtos e serviços financeiros.
  • Organizações Internacionais: mantém relações com organizações internacionais, como a Organização Internacional das Comissões de Valores (IOSCO), para trocar informações e práticas regulatórias, além de adotar padrões internacionais que reforcem a confiança dos investidores estrangeiros no mercado brasileiro.
  • Outras Entidades e Associações: também se relaciona com outras entidades e associações do mercado financeiro, como a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), para desenvolver e promover boas práticas de mercado.

Por meio dessa rede de cooperação, a CVM busca harmonizar as regulamentações, compartilhar informações e implementar políticas eficazes que garantam a estabilidade e o crescimento do mercado de valores mobiliários, dando proteção aos interesses dos investidores, além de contribuição para o desenvolvimento econômico do país.


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