4 curiosidades sobre o Brics que podem te surpreender
Onde fica, quem presidente, por que esse nome? Entenda mais sobre o grupo que vem ganhando relevância novamente com a entrada de novos países membros
O Brics é o grupo de articulação política e econômica formado por cinco países promissores em território, população e potencial de crescimento econômico: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Recentemente, o organismo anunciou a entrada de novos países e reafirmou suas intenções de expandir a economia dos integrantes através de ajudas mútuas e de oposição à dominância dos EUA na economia.
O Bora Investir explicou tudo que você precisa saber sobre o grupo, para não ficar boiando na discussão sobre o Brics. Agora, é hora de conhecer algumas curiosidades sobre o grupo e seus integrantes. Bora!
1. Onde fica o Brics?
O Brics é um organismo internacional formado por vários países. Isto é: o Brics não é um país em si, nem um Estado ou uma cidade. Por isso, não fica em lugar nenhum. Ainda assim, o grupo tem uma sede, que fica na cidade chinesa de Xangai.
A cada ano, os líderes dos países do grupo, bem como seus diplomatas e chanceleres, se reúnem para discutir assuntos do mundo que os interessam. Essas reuniões são revezadas entre cada um dos membros – em um ano é feito no país X, no outro é o Y quem cede o espaço e, no seguinte, o Z fica de escolher um local para a convenção.
Neste ano, a Cúpula do Brics aconteceu em Joanesburgo, a cidade mais rica da África do Sul e tida como capital financeira do país. Em 2024, a reunião deve ser sediada na Rússia, em meados de outubro, na cidade de Cazã.”
2. Quem é o presidente do Brics?
A cada ano, a liderança do Brics é alternada entre seus participantes. Mas este posto é muito mais simbólico do que prático. Afinal, o Brics foi elaborado para ser um comitê de discussão dos países emergentes, em que as lideranças são equiparadas.
O comandante do Brics, em 2023, é o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa. Porém, o mandato é anual, e a liderança do bloco em 2024 será da Rússia, governada por Vladimir Putin. Na prática, o posto é mais uma forma de indicar qual país sediará o evento anual do grupo, que será aberto pelo chefe de Estado em questão.
Um dos braços do Brics é o seu banco, conhecido como Novo Banco do Desenvolvimento (NBD). Fundado em 2014, na Cúpula dos Brics de Fortaleza (CE), o banco tem três presidentes em sua história: o primeiro, Kundapur Kamath, que o dirigiu entre 2015 e 2020, e foi sucedido por dois brasileiros – o economista Marcos Troyjo, entre 2020 e 2023, e a ex-presidente da República, Dilma Rousseff, que assumiu o cargo em março deste ano.
3. O Brics vai mudar de nome?
Depois da confirmação de que a Argentina, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã passarão a integrar o grupo em janeiro de 2024, uma dúvida brotou na cabeça de todos: como vai ficar o novo nome do grupo?
Ora, se Brics é a junção das letras iniciais de cada um dos países que compunham a formação original, nada mais natural do que a inserção de novas letras para demonstrar a expansão. Bricsaaeei?
Ainda não se tem um posicionamento oficial sobre como será a nova nomenclatura, mas uma alteração como a acima já foi descartada por alguns chefes de Estado integrantes. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defende que o nome permaneça inalterado, assim como o chanceler russo, Sergei Lavrov. “É bonito, Brics. A criança já está registrada, já é adulta. Ela não quer mudar de nome”, disse Lula na cúpula deste ano.
4. Como investir no Brics e na sua moeda?
Com a expectativa de que o NBD ganhe força nos próximos anos e capte mais recursos com os novos integrantes, muito se falou sobre a nova moeda do Brics. A nova divisa seria um instrumento de troca entre os países do grupo, que poderiam fazer negócios entre si sem depender do dólar.E, aí, a proposta é que a nova divisa se chame BricsCoin, e que ela seja um criptoativo lastreado em ouro. A proposta ousada chamou a atenção de alguns investidores, mas a nova moeda só será usada para comércio exterior. Isso quer dizer que a BricsCoin não estará na mão das populações, mas sim nas transações comerciais entre países.
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