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5 dicas para ajudar seu filho a começar a investir

Número de investidores com menos de 15 anos saltou na Bolsa em busca de investimentos mais rentáveis

Criança com capacete de foguete apontando para cima
Fonte: Adobe Stock Menino aponta para as estrelas no céu, pronto para ir atrás de seus sonhos

A Bolsa de Valores brasileira, a B3, já tem mais de 5 milhões de investidores pessoa física e, só no ano passado, a porcentagem de contas abertas subiu 56%. Em meio à alta na procura por investimentos que sejam mais rentáveis do que a tradicional poupança, cresce também o número de crianças e adolescentes que começam a investir. 

Do final de 2020 até o começo de outubro de 2021 um levantamento da B3 revelou que houve um aumento de 45% no total de investidores com menos de 15 anos, ultrapassando 21 mil contas. 

Com os pais (ou responsáveis) e os próprios pequenos tomando mais consciência sobre a importância de investir para colher os frutos no futuro, dúvidas sobre como ensinar sobre finanças para as crianças também surgem. E acertar os passos iniciais é importante para fazer dos primeiros contatos com o mundo dos investimentos uma experiência enriquecedora para toda a vida.

Para te ajudar nesse importante desafio, separamos cinco dicas para a hora de começar a investir:

  1. Comece a jornada financeira o quanto antes

Quanto mais cedo a criança aprender sobre o dinheiro e for acostumada a lidar com os gastos, melhor. São diversas as possibilidades para ensinar os pequenos: brincar de supermercado ou ler livros com conceitos básicos sobre consumo e economia. Cada família deve elaborar os seus próprios métodos para colocar a educação financeira no dia a dia.

“A imaginação pede passagem, respeitando a realidade de cada família e a capacidade dos pequenos de compreender o que se passa à sua volta e aprender coisas novas”, diz Marina Naime, Gerente de Educação da B3. “Aqui não tem regra. A atividade pode ser na prática, como ir com o filho à feira na hora da xepa para comprar as frutas e verduras da semana.”

  1. Adote os cofrinhos

Com um cofrinho, a criança tem a possibilidade de começar a guardar o dinheiro da mesada ou do troco do lanche da escola para conquistar objetivos maiores depois. Se tal prática for associada à educação financeira, o pequeno aprende a importância de organizar os próprios gastos e poupar para realizar um desejo que demande mais dinheiro, como comprar um PlayStation 5, se for o caso.

  1. Abra uma conta para a criança

Não há idade mínima para começar a investir. Portanto, é possível abrir uma conta em alguma corretora para seu filho assim que ele nascer, a fim de começar a poupar, mesmo que pequenas quantias, para o futuro.

Para abrir essa conta de investimento, é necessário que a criança tenha uma conta bancária em seu nome ou em conjunto com um de seus responsáveis. Outra alternativa é os pais enviarem o dinheiro da sua conta bancária para sua própria conta investimento na corretora e, feito o depósito, o recurso poderá ser transferido da conta do responsável para a conta da criança na corretora. 

Importante: para menores de 18 anos, a abertura de conta – seja no banco ou na corretora – necessita a presença de um representante legal.

+ Vídeo: Os investimentos da criança e para a criança

  1. Educação financeira também para os investimentos

Falar sobre dinheiro com crianças pode começar por ensinamentos básicos sobre gastos e como economizar. Mas deve incluir também conceitos importantes como juros compostos, riscos, objetivos e, na medida do possível, os tipos de investimentos disponíveis no mercado.

  1. Diversificação da carteira 

Atualmente, há centenas de ações de empresas listadas na B3, além de dezenas de ETFs (fundos de índice, na tradução, que funcionam como uma cesta de ativos), mais de 700 BDRs (certificados que representam ações do exterior) e todos os produtos de renda fixa disponíveis no mercado brasileiro.

Há produtos muito próximos da realidade das crianças e adolescentes, como os BDRs de empresas como Netflix e Disney, por exemplo, como também há produtos com bons rendimentos e longos prazos de vencimentos, como Tesouro Direto e CDB.

O importante é ensinar que não se deve colocar todos os ovos na mesma cesta – cada investimento tem propósito, prazo, riscos e expectativas de retorno específicos – e mostrar que a boa educação financeira pode dar ótimos resultados que duram a vida toda.

Quer aprender mais sobre investimentos? Acesse os cursos gratuitos da B3 Educação. Talvez esse seja um bom começo: Educação financeira das crianças em cada fase

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O Bora Investir é um site de educação financeira idealizado pela B3, a Bolsa do Brasil. Além de notícias sobre o mercado financeiro, também traz conteúdos para quem deseja aprender como funcionam as diversas modalidades de investimentos disponíveis no mercado atualmente.

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