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Arrecadação federal em novembro é a maior em quase uma década

No mês passado, o valor arrecadado pelo governo federal somou R$ 172 bilhões

Caneta sob à mesa
O resultado representa um aumento real de 3,25% em relação ao mesmo mês do ano passado (R$ 166,6 bilhões). Foto: Adobe Stock

A arrecadação do governo federal com impostos e demais receitas atingiu R$ 172 bilhões no mês passado, segundo divulgado nesta quarta-feira, 21/12, pela Receita Federal. É o maior valor para meses de novembro em nove anos, ou seja, desde 2013.

O resultado representa um aumento real de 3,25% em relação ao mesmo mês do ano passado (R$ 166,6 bilhões). O avanço na arrecadação foi marcado pela entrada de R$ 20 bilhões através do programa de parcelamento de dívidas por empresas ao governo – o Refis.

Arrecadação em 2022

De janeiro a novembro, a arrecadação federal somou R$ 2 trilhões – uma alta real, corrigida pela inflação, de 8,8% na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 1,86 trilhão).

Segundo a Receita Federal, essa foi a maior arrecadação, para o acumulado dos onze primeiros meses de um ano, desde o início da série histórica, em 1995.

Explicações para o crescimento da arrecadação

O desempenho recorde da arrecadação se deve ao crescimento da economia brasileira nos primeiros seis meses do ano; da inflação ainda em patamares elevados; e da taxa básica de juros a 13,75% – maior patamar em seis anos.

O crescimento atípico no período pode ser explicado pelo recolhimento de R$ 2 bilhões em novembro em Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) por empresas ligadas ao setor de “commodities”.

No acumulado de janeiro e novembro, esse recolhimento ‘atípico’ atingiu R$ 42 bilhões, contra R$ 39 bilhões no mesmo período do ano passado. A inflação em alta deixou os produtos mais caros e como consequência aumenta a arrecadação.

Do lado das desonerações de impostos, que impactam na arrecadação, foram reduzidos tributos sobre combustíveis e produtos industriais. Em números: menos R$ 37,4 bilhões em impostos pagos ao governo em onze meses.