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Atividade fraca na Europa e novos riscos à economia da China preocupam mercado

Inflação na zona do Euro veio dentro do esperado em julho. Na China, importante incorporadora imobiliária, a Evergrande, pediu proteção contra falência

Bandeiras hasteadas de vários países onde as empresas estrangeiras vendem papéis de ações via BDR. Intercâmbio. Foto: Adobe Stock
O mundo globalizado conta com investimentos que alcançam toda a economia mundial. Foto: Adobe Stock

A desaceleração mais contundente da inflação na zona do Euro, que mostra uma atividade mais fraca na região, se somou nesta sexta-feira, 18/08, a novas preocupações com a desaceleração da economia chinesa.

O índice de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos países que compõem o bloco europeu, desacelerou para 5,3% em julho, ante os 5,5% no mês anterior. Um ano antes, a taxa estava 8,9%, segundo o Eurostat.

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O resultado veio dentro do esperado pelo mercado e mostra uma perda de ritmo dos preços de energia e alimentos. Na contramão ficaram os serviços, que mantiveram a tendência de alta.

Essa moderação é resultado da política monetária contracionista do bloco. Em junho, o Banco Central Europeu (BCE) elevou os juros básicos para 3,50%, os juros de empréstimos subiram ao patamar de 4,25% e o juro de refinanciamento para 4%.

Novas preocupações na China

Paralelamente a situação de atividade mais fraca na Europa, os mercados internacionais seguem em dificuldade diante de novos focos de problemas na economia da China.

Nesta quinta-feira, 17/08, a incorporadora chinesa mais endividada do mundo – a Evergrande – pediu proteção contra falência nos Estados Unidos.

A empresa busca aprovação de um tribunal americano para reestruturar mais de US$ 19 bilhões em dívidas offshore de três de suas empresas com sede em Hong Kong, Ilhas Virgens Britânicas e Ilhas Cayman.

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A Evergrande já foi a empreiteira líder no mercado chinês, mas desde 2021 enfrenta uma forte crise de liquidez nos mercados.

A crise na companhia é mais um indício dos problemas no mercado imobiliário do gigante asiático, que vem cambaleando desde o pós-pandemia. Vale lembrar que um terço do PIB chinês vem desse setor.

“As preocupações em relação à China persistem, com sinais de desaceleração econômica e desafios no setor imobiliário e dívidas. As bolsas globais enfrentaram dificuldades, com a semana mais difícil desde março”, afirmou o economista-chefe do banco Master, Paulo Gala.

A perspectiva de menor crescimento global, diante do aperto monetário nas economias para domar a inflação, também tem impactado a balança comercial chinesa. Além disso, a queda na demanda levou o país a uma deflação.

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