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Como a flexibilização da política de Covid-Zero na China ajuda o Brasil

A China é o nosso maior parceiro comercial, assim a normalização da sua economia ajuda na balança comercial brasileira. Especialistas no tema explicam

Conteiner com cores da china
O regime de tolerância zero contra a Covid foi adotado desde o início da pandemia pelo presidente da China, Xi Jinping. Foto: Adobe Stock

A China começa a enfrentar a difícil tarefa de fazer a transição da política de Covid-Zero, após três anos intensos de testes em massas, quarentenas rigorosas e bloqueios de grandes cidades. As mudanças no país mais populoso do mundo chegam após uma série de manifestações contra o confinamento e uma perda de fôlego da economia.

O abrandamento das restrições – com a reabertura dos estabelecimentos e a flexibilização das exigências para a circulação de pessoas – traz um alívio para a economia do planeta com o aumento das expectativas para que a China volte a crescer de forma robusta.

estrategista de ações da XPJennie Li e o economista e CEO da Veedha Investimentos, Rodrigo Marcatti, concordam que esse retorno ao normal na segunda maior economia do planeta já traz impactos positivos para a atividade no Brasil e no mundo.

“Um dos motivos pelo qual a gente sentiu tanto impacto foi justamente a hora que a China paralisou os portos, a logística, a produção. Então, isso afetou diretamente a inflação naquele primeiro momento. Uma aceleração mais forte na China agora vai causar reflexo no mundo todo, principalmente nas economias que têm maior relação comercial, como é o caso do Brasil”, explica Rodrigo.

“O país já está há 3 anos em lockdown e/ou medidas bem restritas, ou seja, veríamos a volta de uma demanda reprimida por todo esse tempo versus o resto do mundo que teve uma demanda reprimida por apenas alguns meses. Um exemplo que podemos citar é a volta forte de viagens que podem estimular as economias mais dependentes de turismo, como a Europa”, afirma Jennie Li.