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Brasil x Suíça: confronto expõe diferenças econômicas e sociais

Suíça leva vantagem em Índice de Capital Humano e expectativa de vida; Brasil ganha no PIB e no uso de energia renovável

Diferenças econômicas, Brasil contra Suíça
Se no futebol o Brasil é o favorito desse embate, nos indicadores econômicos e sociais cada país tem seus pontos fortes e fracos

Hoje o Brasil entrou em campo pela segunda vez na Copa do Mundo 2022, no Catar, e venceu a Suíça por 1 x 0. Em seu primeiro confronto, a seleção brasileira bateu a Sérvia por 2 x 0. Os três países mais Camarões fazem parte do Grupo G.

Se no futebol o Brasil é o favorito contra a Suíça, nos indicadores econômicos e sociais cada país tem seus pontos fortes e fracos. Algumas particularidades de cada país, como dimensões territoriais e volume da população, também interferem nos dados. Confira a seguir mais detalhes sobre os levantamentos do Data World Bank.

Índice de pobreza

A Suíça é um dos países mais desenvolvidos do mundo. Não à toa sua taxa de pobreza é 0%. Já o Brasil registrou, em 2021, 1,9% da população na linha de pobreza.

Apesar da derrota, o Brasil tem motivos para comemorar. Acontece que sua taxa de pobreza diminuiu de modo significativo nos últimos vinte anos – em 2001, o indicador estava nos 13%.

Importante destacar que o critério usado pelo World Bank nesse quesito é o de pessoas que vivem com menos de 2,15 dólares por dia, ou 11,58 reais, na cotação atual da moeda americana (1 dólar = 5,39 reais).

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Índice de Capital Humano (HCI) e expectativa de vida

As diferenças entre um país e outro ficam ainda mais evidentes quando se leva em conta o Índice de Capital Humano e a expectativa de vida.

O critério do Banco Mundial para o primeiro quesito leva em conta as contribuições dos sistemas de saúde e de ensino na produtividade do trabalhador de determinado país. Enquanto a Suíça pontua 0,8 numa escala de 0 a 1, o Brasil registra 0,6. Ambos dados se referem ao ano de 2021, data do último levantamento realizado.

Já a expectativa de vida é de 83 anos no país europeu e 76 no latino-americano. Porém, em ambos países, o indicador apresentou melhora. Em 2000, vivia-se em média até os 80 anos na Suíça e até os 70 no Brasil. Nos dois países a expectativa de vida cresceu de modo constante até chegar nos atuais patamares.

População e crescimento populacional

Quando o assunto é população, o Brasil ganha de goleada. São cerca de 213 milhões de brasileiros contra pouco mais de 8 milhões de suíços.

Já em crescimento populacional há empate. Ambos países registraram variação positiva de 0,7% ao ano em 2021. Mas enquanto a população brasileira tem decrescido de forma constante ao longo dos últimos vinte anos – 1,4% em 2000, 0,9% em 2010 e os atuais 0,7% -, a Suíça é mais irregular, tendo registrado crescimento de 0,6% em 2000, 1,3% em 2008 e 1% em 2010. O aumento de 1,2% em 2014 foi a última alta da população suíça, que desde então vem diminuindo até atingir 0,7%.

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PIB, PIB per capita e crescimento do PIB

Outra goleada do Brasil na Suíça é em relação ao PIB. Em 2021, o país latino-americano produziu U$ 1,6 trilhão, enquanto o europeu ficou com U$ 812 bilhões.

No critério PIB per capita, isso é, o PIB total dividido pela população, a vitória é da Suíça. São cerca de U$ 94.000 para cada suíço contra U$ 7.500 para os brasileiros. A disparidade se explica pela diferença no valor total das populações, como visto no tópico acima.

Já em crescimento do PIB, o Brasil ganha por uma pequena vantagem. A nossa variação positiva foi de 4,6% no último ano, contra 3,7% dos suíços no mesmo período.

Meio ambiente

Ambos países são conhecidos por suas belezas naturais. A Suíça por seus alpes e lagos; o Brasil por seus vários biomas. Em comum, são as florestas. Por aqui, elas ocupam 59,4% do território nacional. Já na Suíça, representam 32%. A diferença tem a ver com o tamanho dos dois países. O Brasil conta com 8.510.345 km² e a Suíça com 41.277 km², sendo cerca de 200 vezes maior que o país europeu.

Em sustentabilidade temos vitória expressiva. No Brasil, 12% da produção de energia elétrica vem de fontes renováveis. Na Suíça, a parcela de fontes sustentáveis é apenas 4,3%.

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