Focus: expectativa de inflação volta a subir em 2022
Boletim Focus, divulgado nesta segunda pelo Banco Central, aponta para um aumento do IPCA de 5,88% para 5,91% este ano – acima do teto da meta
Pela quinta semana consecutiva, a estimativa de inflação para 2022 voltou a subir. Avançou de 5,88% para 5,91%, segundo Focus, do Banco Central (BC), divulgado hoje, 28/11. O resultado está bem acima da meta de 3,5% e do teto de 5% estabelecidas pelo BC. Para 2023, a projeção para o IPCA teve uma leve alta de 5,01% para 5,02% – também acima da meta e do teto que é de 3,25% e 4,75% respectivamente.
O relatório, publicado as segundas-feiras, contém as projeções do mercado financeiro para a economia brasileira. Foram ouvidas pelo BC mais de 100 instituições financeiras até o fim da semana passada. O relatório é essencial para o investidor pautar as suas estratégias no início da semana e corrigir ou confirmar táticas no mercado de ativos.
Selic
A expectativa para a taxa básica de juros foi mantida em 13,75% ao ano até o fim de 2022. Hoje a Selic já está nesse patamar e o Comitê de Política Monetária (Copom) segue sinalizando que deve mantê-la alta por um período mais prolongado.
Já para 2023, a projeção do mercado para a Selic ficou estável em 11,50% ao ano. Esse resultado aponta que o BC segue estimando uma queda dos juros em 2023.
Produto Interno Bruto
Para o PIB, o mercado financeiro elevou de 2,80% para 2,81% a previsão de alta em 2022. Já para 2023, a estimativa de crescimento ficou estável em 0,70%.
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, num determinado período, e serve para medir a evolução da economia.
No segundo trimestre deste ano, a economia brasileira cresceu 1,2%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O PIB do terceiro trimestre será divulgado na próxima quinta-feira, 01º/12. O Itaú projeta um crescimento de 0,5% em relação ao segundo trimestre e de 3,6% na comparação anual. Se a estimativa se confirmar, a economia terá avançado, mas com uma desaceleração. Ainda segundo o relatório do banco, “todas as três principais categorias – agricultura, indústria e serviços – devem apresentar crescimento no período, com serviços, mais uma vez, trazendo a maior contribuição positiva”.
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