Ibovespa cai após presidente do Banco Central do EUA indicar juros mais altos

O Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, a B3, encerrou a sessão desta terça-feira, 7/3, no campo negativo após ensaiar alta na parte da manhã. Ao fim do pregão, o índice recuou 0,66%, aos 104.227 pontos. O volume das negociações foi de R$ 21 bilhões.

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O índice brasileiro acompanhou o movimento das bolsas no exterior. O pessimismo foi provocado pelo discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, o Banco Central dos EUA. Em sabatina no Senado americano, o líder da autoridade monetária afirmou que o BC pode aumentar os juros básicos do país mais do que se previa em razão das pressões inflacionárias.

Segundo Powell, “os dados econômicos mais recentes foram piores do que o esperado”, o que quer dizer que a inflação não vai atingir a meta tão facilmente.

Mercado externo

As falas do dirigente pesaram sobre os índices de Wall Street. Por lá imperou o sentimento de “aversão ao risco” — quando os investidores decidem retirar seu capital das bolsas de valores e aloca-lo em ativos de renda fixa, como juros e título da dívida pública. O índice de tecnologia Nasdaq desvalorizou 1,24%, e os industriais S&P e Dow Jones cederam 1,53% e 1,72%, respectivamente.

Já o dólar valorizou ante o real, impulsionado pelas expectativas de juros maiores no país. A moeda subiu 0,44%, cotada a R$ 5,19. Ainda que todas as divisas tenham se enfraquecido perante a moeda americana, o real teve perdas moderadas.

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O preço do barril de petróleo terminou a sessão em queda, encerrando uma sequência de cinco altas consecutivas. No início do dia os ativos ensaiavam alta, repercutindo a expectativa de recuperação da demanda chinesa após dados de importação favoráveis. 

Mais tarde, entretanto, as principais referências de preço da commodity caíram perante a valorização do dólar, na esteira das mensagens anunciadas pelo dirigente do Fed. O contrato futuro para abril do petróleo do tipo WTI desvalorizou 3,89%, atingindo o valor de US$ 77,35 por barril. Já a variedade Brent, a mais negociada no mundo, com entrega para maio, caiu 3,55% e atingiu US$ 83,12 por barril.

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