Mercado

Ibovespa tem forte alta, ajudado por Petrobras e Vale, e avança 3,27% o mês; dólar cai 1,25% no período

No Brasil, destaque do pregão desta segunda (31) foi para as ações da petroleira após anúncio da nova política de dividendos. No exterior, bolsas de NY fecham em leve alta e completam 5º mês consecutivo de ganhos

O Ibovespa fechou em forte alta nesta segunda-feira, sendo impulsionado pelo avanço dos papéis da Petrobras (PETR3; PETR4) e da Vale (VALE3). Os ativos da petroleira subiram à medida que os investidores avaliam a nova política de distribuição de dividendos. A empresa deverá repassar uma contribuição menor aos acionistas, mas as alterações não significaram mudanças abruptas em relação ao que já era praticado.

No caso da mineradora, ocorreu um movimento de ajuste após fortes perdas recentes. A sinalização de novas medidas de estímulo por parte da China também contribuiu para a alta.

No pregão, os investidores ainda repercutiram novos dados de atividade no exterior e os balanços corporativos referentes ao segundo trimestre deste ano.

O Ibovespa subiu 1,46%, aos 121.943 pontos. No mês, o índice avançou 3,27%.

Melhores e piores ações da Bovespa nesta segunda-feira (31)

A lista de melhores e piores ações contempla todas as ações da B3 com movimentação de mais de R$ 1 milhão no dia e foi atualizada às 17h30 podendo haver alterações.

Entenda o que muda na nova política de dividendos da Petrobras

Maiores altas

  1. Padtec ON (PDTC3): +13,42%
  2. Azevedo & Travassos ON (AZEV3): +11,98%
  3. Azevedo & Travassos PN (AZEV4): +9,45%
  4. Multilaser ON (MSLA3): +7,03%
  5. Estapar ON (ALPK3): +6,93%

Maiores baixas

  1. Sequoia Logística ON (SEQL3): -5,10%
  2. CSU Digital ON (CSUD3): -3,41%
  3. Mills ON (MILS3): -2,51%
  4. Porto Seguro ON (PSSA3): -2,25%
  5. Desktop ON (DESK3): -2,10%

Dólar

O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (31), após passar boa parte da sessão oscilando entre altas e baixas, na medida em que investidores seguem na expectativa pela reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), que acontece nesta semana.

Ao final da sessão, a moeda norte-americana recuou 0,05%, cotada a R$ 4,7289.Com o resultado desta última segunda de julho, a moeda americana acumula perdas de 1,25% no mês e 10,40% no ano.

ÍndiceEm 31 de julhoVariação diaVariação mêsVariação no ano
Ibovespa121.9431,46%3,27%11,13%
Dow Jones35.559,530,28%3,32%7,31%
S&P 5004.588,960,15%2,99%20%
Nasdaq14.346,020,21%3,83%38,12%

Bolsas de NY

As bolsas de Nova York fecharam em alta modesta hoje, subindo mais de 3% no acumulado de julho no seu quinto mês consecutivo de ganhos, em meio à temporada de balanços corporativos. Os investidores se alinham para uma semana que contará com dados de emprego dos EUA que poderão dar sinalização sobre os rumos da política monetária do Federal Reserve (Fed), além de números trimestrais da Apple e da Amazon.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,28%, a 35.559,53 pontos; o S&P 500 ganhou 0,15%, a 4.588,96 pontos; e o Nasdaq subiu 0,21%, a 14.346,02 pontos.

No mês, o Dow Jones teve alta de 3,35%, enquanto S&P 500 subiu 3,11% e o Nasdaq 4,05%. Os ganhos mensais foram possibilitados por balanços corporativos que, no geral, “não desapontaram”, segundo o analista Louis Navellier, da Navellier Calculated Investing.

As bolsas oscilaram perto da estabilidade ao longo de todo o dia, chegando a ficar todas em território negativo. Os três índices caminhavam para fechar em baixa quando inverteram o sinal a poucos minutos do fim do pregão e o Dow Jones bateu máximas nos últimos instantes.

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Os papéis de grandes bancos também mostraram recuperação na reta final, enquanto o mercado digeria o relatório do Fed que mostrou que as instituições bancárias esperam restringir ainda mais os padrões de empréstimos. Assim, Citi (+0,53%), Bank of America (+0,31%), Goldman Sachs (+0,75%) e JPMorgan (+0,67%) fecharam com ganhos.

As ações da Apple e a Amazon avançaram 0,32% e 1,11%, respectivamente, à espera dos seus resultados trimestrais, a serem divulgados na quinta-feira. Entre outras gigantes de tecnologia, Meta e a Intel, por outro lado, caíram 2,11% e 2,88%. Em destaque, a Johnson & Johnson cedeu quase 4% depois que um juiz nos EUA rejeitou a segunda ação movida pela empresa para resolver processos que enfrenta de clientes que alegam ter sido prejudicados por seus produtos.

Na outra ponta, as petrolíferas americanas Chevron (3,02%) e ExxonMobil (2,92%) acumularam ganhos em meio à valorização do preço do petróleo. A ação da Yellow subiu 148,9%, a US$ 1,76, e teve sua negociação de suspensa por volatilidade sucessivas vezes durante a sessão, depois que a empresa de transportes anunciou nesse domingo, 30, o encerramento de suas operações.

Bolsas na Europa

As bolsas europeias operaram sem direção única nesta segunda-feira, 31, com investidores reagindo aos dados de Produto Interno Bruto (PIB) da Itália e da zona do euro, e de inflação divulgados pela manhã, que deram sinais mistos sobre o caminho da economia europeia.

Em Londres, o FTSE 100, subiu 0,07% a 7.699,41 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em queda de 0,14%, a 16.446,83 pontos. O CAC 40, em Paris, cresceu 0,29%, a 7497,78 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, também teve ganhos, de 0,49%, a 29.644,71 pontos. Em Madri, o índice Ibex 35 recuou 0,22%, a 9.662,60 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 teve queda de 0,54%, a 6.135,31 pontos.

O crescimento de 0,3% do PIB da zona do euro no segundo trimestre trouxe maior cautela aos investidores, que na semana passada reagiram com otimismo ao comunicado do Banco Central Europeu (BCE) e às falas de sua presidente, Christine Lagarde, de que uma pausa na alta de juros do bloco pode acontecer em setembro.

Segundo o economista-chefe da Pantheon Macroeconomics, Claus Vistesen, os dados da inflação de serviços divulgados hoje provavelmente manterão o núcleo da inflação em uma taxa elevada à frente e podem mudar o rumo da política monetária. Quanto ao crescimento do PIB, a Capital Economics argumenta que é preciso cuidado ao analisar a variação que tirou o bloco de uma recessão técnica, porque foi motivado por elementos específicos na França e Irlanda, e não por um aumento na atividade de todo o grupo.

Os mercados também observam medidas incentivos ao consumo na China, o que teria potencial para fomentar a exportação de commodities das mineradoras europeias, como Antofagasta, que subiu 2,07%, Glencore, que teve alta de 1,64% em seus papéis, e Rio Tinto, que teve alta marginal de 0,45%. “Os dados de PMI da segunda-feira revelaram que a atividade no setor de serviços da China em julho não atendeu às expectativas e a atividade manufatureira também diminuiu, sugerindo ainda que Pequim tomaria medidas para impulsionar a economia”, escreveram analistas do IG, em nota a clientes.

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