Mercado

Ibovespa tem variação negativa de 0,05% com Petrobras, Vale e frigoríficos no vermelho

Veja o comportamento do Ibovespa e do dólar nesta terça-feira (26) e o que movimentou os preços dos ativos

Sede da Bolsa de Valores em São Paulo, com telão mostrando as cotações das ações. Foto: Divulgação/B3
Sede da Bolsa de Valores em São Paulo, com telão mostrando as cotações das ações. Foto: Divulgação/B3

A bolsa de valores hoje fechou em discreta queda, impactada pelas perdas das gigantes Vale e Petrobras, além dos frigoríficos, que desceram em bloco. Mais cedo, a ata do Copom e os dados de inflação prévia do mês de março também contribuíram para o mau humor. Assim, o Ibovespa fechou com variação negativa 0,05%, a 126.863,02 pontos, no mesmo clima do dia anterior.

Nesse sentido, a Petrobras fechou em queda de 0,93% (PETR4) e 1,10% (PETR3), enquanto a Vale (VALE3) recuou 1,27%. No setor de proteína animal, a Minerva (BEEF3) recuou 8,73%, a Marfrig (MRFG3) desceu 3,60%, a BRF (BRFS3) teve queda de 1,90% e a JBS (JBSS3) desvalorizou 1,63%.

As cotações foram obtidas entre 17h07 e 17h11.

Dólar hoje

Simultaneamente, o dólar fechou em alta em relação ao real, subindo 0,19%, a R$ 4,9828.

O DXY, que mede o desempenho da moeda dos Estados Unidos ante outras moedas importantes, teve variação positiva de 0,08%, a 104,31 pontos.

Ações em alta

Veja os papéis com as maiores altas do dia.

  • Ser Educacional (SEER3) +10,88%
  • Eletromidia (ELMD3) +9,41%
  • Brisanet (BRIT3) +5,93%
  • Allied (ALLD3) +5,63%
  • Lojas Marisa (AMAR3) +5,26%

Ações em baixa

  • Oi (OIBR3) -12,66%
  • Minerva (BEEF3) -9,00%
  • Viveo (VVEO3) -8,46%
  • Magazine Luiza (MGLU3) -6,81%
  • Totvs (TOTS3) -5,79%

Os rankings contemplam ações que movimentaram mais de R$ 1 milhão no dia, integrantes ou não do Ibovespa e outros índices. As cotações foram apuradas entre 17h07 e 17h11.

Bolsas mundiais: Nova York

As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta terça-feira com deterioração na reta final do pregão, puxada pelas gigantes do setor de tecnologia. A reação tímida a potenciais catalisadores macro jogou o foco dos mercados acionários ao noticiário corporativo.

O índice Dow Jones  encerrou a sessão em baixa de 0,08%, aos 39.282,33 pontos; o S&P 500 caiu 0,28%, aos 5.203,58 pontos; e o Nasdaq perdeu 0,42%, aos 16.315,70 pontos.

“O clima de esperar para ver nos mercados continua, com a recente exuberância desaparecendo, à medida que os investidores aguardam importantes dados da inflação nos EUA”, afirma a chefe de dinheiro e mercados da Hargreaves Lansdown, Susannah Streeter, em referência ao índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), que será divulgado na próxima sexta-feira.

Europa

As bolsas europeias fecharam em alta com o otimismo reforçado por um dado alemão de confiança melhor do que o previsto, o que deixou o caminho livre para o índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, estender a série de renovações de recordes de fechamento.

Em Frankfurt, o DAX subiu 0,76%, com o índice referencial alemão estendendo o movimento de renovação de máximas, ao fechar em 18.399,23 pontos. Em Londres, o índice FTSE 100 encerrou com alta de 0,17%, aos 7.930,96 pontos. O CAC 40, de Paris, avançou 0,41%, aos 8.184,75 pontos, e segue perto do recorde de fechamento de 8.201,05 cravado no dia 19 de março.

Em Madri, o índice Ibex-35, referencial da bolsa espanhola, ganhou 0,36%, fechando aos 10.991,50 pontos. O FTSE MIB, de Milão, subiu 0,14%, aos 34.688,17 pontos. No mesmo sentido, o PSI 20, de Lisboa, ganhou 0,37%, fechando aos 6.222,03 pontos.

Ata do Copom movimentou a bolsa de valores hoje

A ata do Copom teve repercussão negativa na bolsa de valores hoje. Isso porque a autoridade monetária retirou a perspectiva de cortes continuados na taxa Selic  de forma automática, demarcando o fim do forward guidance.

“O Comitê percebe a necessidade de se manter uma política monetária ainda contracionista pelo horizonte relevante para que se consolide a convergência da inflação para a meta e a ancoragem das expectativas”, disse o BC no parágrafo 25 da ata.

Na visão do economista André Perfeito, a diretoria do BC acertou.

“Mesmo vendo que não há alteração ao cenário base, achou por bem iniciar o fim do instrumento dado o aumento da volatilidade”.

Alguns dos principais pontos de atenção, segundo Perfeito, são a percepção sobre a inflação corrente e futura e os preços ao consumidor, que, apesar de estar em trajetória de desinflação, contém nuances que podem atrapalhar a queda de juros.

“Há incerteza sobre a velocidade da desinflação, especialmente devido a pressões inflacionárias nos serviços e incertezas globais”, complementa Perfeito.

IPCA-15 também mexeu com o Ibovespa

O IPCA-15 de março veio acima do consenso, subindo 0,36% contra a expectativa de 0,32%. Isso também contribui para derrubar a bolsa de valores hoje, mais cedo.

Para Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, “a abertura (inflacionária) continua ruim”.

Isso porque, na média de três meses anualizada, os serviços subjacentes aceleraram para 5,8%. Além disso, os preços dos alimentos acelerou para 5,4%.

“Apesar da melhora da média dos núcleos na margem, a média de três meses também piorou, atingindo 3,6%, máxima em cinco meses”, destaca Borsoi.

Focus

A boa notícia ficou por conta da continuação da melhora para as projeções do PIB. O Boletim Focus divulgado nesta terça projeta crescimento de 1,85% em 2024. Há uma semana, a projeção era de 1,8%.

Gostou desse conteúdo e quer saber mais sobre investimentos? Faça os cursos gratuitos no Hub de Educação Financeira da B3!

Sobre nós

O Bora Investir é um site de educação financeira idealizado pela B3, a Bolsa do Brasil. Além de notícias sobre o mercado financeiro, também traz conteúdos para quem deseja aprender como funcionam as diversas modalidades de investimentos disponíveis no mercado atualmente.

Feitas por uma redação composta por especialistas em finanças, as matérias do Bora Investir te conduzem a um aprendizado sólido e confiável. O site também conta com artigos feitos por parceiros experientes de outras instituições financeiras, com conteúdos que ampliam os conhecimentos e contribuem para a formação financeira de todos os brasileiros.