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Mercado financeiro hoje: exterior indefinido reforça cautela com fiscal e Petrobras

Risco fiscal volta ao radar, em meio à reunião do presidente Lula com governadores no Palácio do Planalto para tratar da reposição de perdas de arrecadação do ICMS

notas de real. Foto: José Cruz/Agência Brasil
Foto: José Cruz/Agência Brasil

O risco fiscal volta ao radar local nesta sexta-feira, 27/1, em meio à reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com governadores no Palácio do Planalto para tratar da reposição de perdas de arrecadação do ICMS. O novo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, recebe também os representantes dos dois principais sindicatos de petroleiros do País, que devem cobrar o fim da política de preços de paridade de importação (PPI) e das privatizações

Nos Estados Unidos, há vários indicadores na mira dos mercados, como o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), métrica de inflação preferida do Federal Reserve (Fed), e dados de renda pessoal e gastos com consumo de dezembro, além de balanços trimestrais de American Express e Chevron. 

+ O que esperar de Jean Paul Prates na presidência da Petrobras

PIB dos EUA ameniza humor 

As bolsas internacionais estão sem direção única. Os índices de ações na Europa têm ganhos modestos, na esteira do PIB da Espanha acima das expectativas dos analistas e com o petróleo subindo. 

Mas os futuros de Nova York exibem perdas moderadas, após os ganhos em Wall Street ontem de até quase 2%, reagindo ao desempenho melhor do que o esperado do PIB dos EUA no fim de 2022 e a balanços que agradaram investidores, como os da Tesla e da American Airlines. 

O índice DXY do dólar ante moedas rivais está oscilando perto da estabilidade e os juros dos Treasuries estendem ganhos da sessão anterior com os temores de recessão recentes atenuados pela melhora do PIB americano no quarto trimestre do ano passado.

Petrobras e Copom

Por aqui, as perdas das ações em Nova York podem trazer pressão de baixa ao Ibovespa, embora a alta do petróleo possa ajudar a amenizar o humor e o desempenho das ações da Petrobras, que seguem no foco das declarações do novo presidente, Jean Paul Prates.

Antes da primeira reunião do Copom do ano, na próxima semana, os mercados de juros e de câmbio podem ser influenciados pelo mercado externo em meio ao consenso de que o BC americano elevará os juros em 25 pontos-base na próxima quarta-feira. 

A reunião do presidente Lula com governadores fica no foco e pode reacender a cautela com a situação fiscal do País. Com a missão de conseguir aprovar a reforma tributária neste ano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, montou um núcleo especial voltado para a elaboração da proposta com representantes de todas as áreas da pasta.

Ontem, o Ibovespa fechou em leve recuo de 0,08%, a 114.177 pontos, desempenho pressionado pelas quedas nas ações da Petrobras. O dólar caiu 0,08% a R$ 5,0745, resultado da redução de ruídos internos e maior entrada de dinheiro externo nos últimos dias. 

*Informações da Agência Estado