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Mercado financeiro hoje: IBC-Br, Fernando Haddad e Americanas no radar Brasil, balanços de bancos são foco nos EUA

Investidores seguem de olho nas consequências do anuncio de inconsistências contábeis por parte da Americanas

Nesta sexta, 13/1, o Índice de Atividade Econômica, o IBC-Br, vai fechar a semana de dados de atividade no Brasil, enquanto o mercado monitora o encontro fechado à imprensa de Fernando Haddad (Fazenda) com economistas em São Paulo. Outro assunto que deve seguir no radar são as informações sobre as incongruências fiscais de R$ 20 bilhões encontradas pela Americanas em seu balanço, fato que levou o Ibovespa a romper ontem seis dias de alta.

Nos Estados Unidos, além do sentimento ao consumidor americano apurado pela Universidade de Michigan, começa a temporada de divulgação de balanços do quarto trimestre. Estão entre eles os grandes bancos, como BofA, Citigroup, JP Morgan e Wells Fargo – e é esse compasso de espera que deve levar os investidores a negociarem ativos com moderação no exterior.

Bolsas EUA e Europa

Os investidores ainda reverberam os dados do CPI dos EUA, informados ontem, que confirmaram uma nova desaceleração dos preços no país. Com isso, elevou-se a possibilidade de um corte menos agressivo dos juros pelo Fed em fevereiro.

Na Europa, foi divulgado o PIB da Alemanha com alta de 1,9% em 2022, o que contribui hoje para os ganhos das bolsas. Ao mesmo tempo, a produção industrial do Reino Unido caiu menos do que o previsto em novembro e a da zona do euro subiu 1% no período, ante previsão de 0,5%.

Mercado financeiro brasileiro

Por aqui, o IBC-Br pode ter influência proeminente nos juros, bem como algum rescaldo das medidas anunciadas ontem por Fernando Haddad, que tendem a reduzir a dívida/PIB a 75% (de 79,9%), segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.

Já a indefinição externa pode limitar ajustes principalmente no Ibovespa, que ontem interrompeu uma série de seis pregões seguidos de alta por conta principalmente dos temores com a descoberta do rombo da Americanas.

A companhia perdeu ontem R$ 8,3 bilhões em valor de mercado após um tombo de 77,33% nas ações. O papel, que só saiu de leilão pela primeira vez perto de 14h20, fechou cotado a R$ 2,72 ante R$ 12 no fechamento de ontem. Em evento hoje com investidores e analistas estrangeiros e locais, o agora ex-presidente da Americanas, Sergio Rial, disse que a empresa precisa de uma capitalização que certamente não ficaria na casa dos milhões.