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Mercado financeiro hoje: IBC-Br, Fernando Haddad e Americanas no radar Brasil, balanços de bancos são foco nos EUA

Investidores seguem de olho nas consequências do anuncio de inconsistências contábeis por parte da Americanas

Mercado financeiro hoje, mesa com a logo da B3
A Americanas perdeu ontem R$ 8,3 bilhões em valor de mercado após um tombo de 77,33% nas ações.

Nesta sexta, 13/1, o Índice de Atividade Econômica, o IBC-Br, vai fechar a semana de dados de atividade no Brasil, enquanto o mercado monitora o encontro fechado à imprensa de Fernando Haddad (Fazenda) com economistas em São Paulo. Outro assunto que deve seguir no radar são as informações sobre as incongruências fiscais de R$ 20 bilhões encontradas pela Americanas em seu balanço, fato que levou o Ibovespa a romper ontem seis dias de alta.

Nos Estados Unidos, além do sentimento ao consumidor americano apurado pela Universidade de Michigan, começa a temporada de divulgação de balanços do quarto trimestre. Estão entre eles os grandes bancos, como BofA, Citigroup, JP Morgan e Wells Fargo – e é esse compasso de espera que deve levar os investidores a negociarem ativos com moderação no exterior.

Bolsas EUA e Europa

Os investidores ainda reverberam os dados do CPI dos EUA, informados ontem, que confirmaram uma nova desaceleração dos preços no país. Com isso, elevou-se a possibilidade de um corte menos agressivo dos juros pelo Fed em fevereiro.

Na Europa, foi divulgado o PIB da Alemanha com alta de 1,9% em 2022, o que contribui hoje para os ganhos das bolsas. Ao mesmo tempo, a produção industrial do Reino Unido caiu menos do que o previsto em novembro e a da zona do euro subiu 1% no período, ante previsão de 0,5%.

Mercado financeiro brasileiro

Por aqui, o IBC-Br pode ter influência proeminente nos juros, bem como algum rescaldo das medidas anunciadas ontem por Fernando Haddad, que tendem a reduzir a dívida/PIB a 75% (de 79,9%), segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.

Já a indefinição externa pode limitar ajustes principalmente no Ibovespa, que ontem interrompeu uma série de seis pregões seguidos de alta por conta principalmente dos temores com a descoberta do rombo da Americanas.

A companhia perdeu ontem R$ 8,3 bilhões em valor de mercado após um tombo de 77,33% nas ações. O papel, que só saiu de leilão pela primeira vez perto de 14h20, fechou cotado a R$ 2,72 ante R$ 12 no fechamento de ontem. Em evento hoje com investidores e analistas estrangeiros e locais, o agora ex-presidente da Americanas, Sergio Rial, disse que a empresa precisa de uma capitalização que certamente não ficaria na casa dos milhões.