Mercado

Mercado financeiro hoje: Lula, IPCA-15 e Americanas

Mercado ainda avalia os PMIs (Índices de Gerentes de Compras) composto, que inclui medições de serviços e setor industrial nos EUA e zona do euro

Nesta terça, 24/01, o IPCA-15 de janeiro e a arrecadação federal de dezembro dividem as atenções dos investidores, que monitoram a viagem do presidente Lula à Argentina. Ao mesmo tempo, o mercado avalia os PMIs (Índices de Gerentes de Compras) composto, que inclui medições de serviços e setor industrial nos EUA e zona do euro.

Mercado externo

Agora pela manhã, os mercados de ações do ocidente têm sinais divergentes moderados, enquanto avaliam os PMIs da Europa e esperam a divulgação de dados de atividade dos Estados Unidos, além de balanços. Já na Ásia muitos seguem fechados por conta do feriado do Ano Novo Lunar, e o petróleo cai após ganhos recentes. 

Chamam a atenção os PMIs da Alemanha e do Reino Unido, mostrando fraqueza das respectivas economias. Já o PMI da zona do euro subiu a 50,2 em janeiro, ficando acima do esperado, enquanto a expectativa é que nos EUA a prévia do PMI Composto de janeiro continue menor do que 50, sugerindo esfriamento da economia, o que tende a reforçar as estimativas de uma alta menos abrupta dos juros norte-americanos no dia 1º de fevereiro. 

Lula, IPCA-1 e Americanas

Por aqui, a expectativa das bolsas de Nova York operarem negativas pode estimular nova queda do Ibovespa, que vem de dois pregões seguidos de baixa. Por isso, a viagem de Lula à Argentina será acompanhada com afinco, dados os últimos sinais do chefe do Executivo, que ontem pesaram especialmente nos juros e no dólar. 

O presidente indicou que o BNDES terá papel mais ativo em financiamento a outros países, o que elevou as preocupações dos investidores. Já o ministro Fernando Haddad (Fazenda), que acompanha Lula, tentou acalmar o mercado após o presidente criticar o BC e a meta de inflação do País. Disse que é preciso “tranquilidade” para enfrentar o debate sobre comportamento dos preços. 

O mercado no Brasil ainda avalia o IPCA-15 de janeiro, a arrecadação federal de dezembro e o noticiário sobre a crise na Americanas, que tem esquentado a briga de bancos com a varejista.

Ibovespa fecha em queda de 0,27%

Ontem, a Bolsa do Brasil (B3) encerrou o pregão em queda de 0,27% aos 117.737 pontos. O resultado marcou o primeiro pregão após a Americanas ser retirada da carteira teórica do Ibovespa. 

O dólar fechou em queda de 0,15%, cotado a R$ 5,200 na compra e R$ 5,199 na venda. A valorização mais acentuada do real foi impedida após fala de Lula, durante encontros diplomático na Argentina, sobre preferências por uma moeda comum entre países do Mercosul.

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O Boletim Focus também contribuiu para que o Ibovespa não registrasse ganhos. Segundo dados divulgados hoje pelo Banco Central (BC), houve aumento das projeções da inflação para 2023 e 2024. A variação foi de 5,39% para 5,48% na inflação deste ano e de 3,70% para 3,84% na do ano que vem. O resultado segue bem acima da meta de 3,25% e do teto da meta (4,75%) definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

*Informações da Agência Estado