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Mercado financeiro hoje: semana conta com ata do Copom, balanços de bancos e Lula nos EUA

A cautela internacional deve continuar pesando nos ativos locais, bem como a expectativa também pelo IPCA nos próximos dias

Sequência de cédulas de Euro
A inflação ainda alta (9,2%) não impediu os números positivos. Foto: Arquivo/Agência Brasil

A ata da reunião do Copom de fevereiro, o IPCA de janeiro e os dados de varejo e serviços do País em dezembro são os destaques da agenda local na semana. Balanços trimestrais de Itaú Unibanco, Bradesco, BB Seguridade, Klabin e Multiplan serão publicados também. 

No exterior, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, falará em evento, a presidente de BCE, Christine Lagarde, reúne-se com dirigentes da Comissão Europeia e Eurogrupo e o presidente dos EUA, Joe Biden, recebe o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, na Casa Branca. 

Entre os indicadores, são esperados os dados preliminares de sentimento do consumidor americano em fevereiro e de expectativas de inflação de 1 e 5 anos no país, o Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre do Reino Unido e o índice de preços ao consumidor (CPI) da China em janeiro. Os bancos europeus BNP Paribas, Société Générale e Credit Suisse divulgam também seus resultados.

Aversão ao risco 

No exterior, a aversão a risco volta a marcar os índices futuros de Nova York e contamina as bolsas europeias após o relatório do mercado de trabalho americano, o payroll, na sexta-feira, gerar perspectivas de novas altas de juros nos Estados Unidos e praticamente eliminar as chances de corte de juros neste ano. 

Na Europa, os mercados acionários olharam o forte aumento das encomendas à indústria da Alemanha, de 3,2% em dezembro ante novembro de 2022, acima das previsões, mas focam em prováveis novos apertos monetários pelo Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE), que subiram juros na semana passada.

No Japão, o iene recua ante o dólar ao menor nível em mais de três semanas e a bolsa subiu, após o jornal Nikkei informar que o governo pediu ao vice-presidente do Banco do Japão (BoJ), Masayoshi Amemiya, para assumir a presidência da autoridade monetária no lugar de Haruhiko Kuroda, cujo mandato termina em abril. 

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Ata do Copom e IPCA

A cautela internacional deve continuar pesando nos ativos locais, bem como a expectativa pela ata do Copom e o IPCA nos próximos dias.

Na sexta-feira, dólar e juros subiram e o Ibovespa caiu, pressionados pelo mau humor externo e após o comunicado duro do Comitê de Política Monetária do Banco Central na semana passada sinalizando queda da Selic apenas em 2024. O Ibovespa encerrou com menos 1,36%, aos 108.645 pontos.

A queda também foi influenciada pelas declarações do presidente Lula sobre a autonomia do Banco Central (BC) e a divulgação da queda da produção industrial de 2022.

Para saber mais sobre o funcionamento do mercado, acesse o Hub de Educação Financeira da B3.

*Informações da Agência Estado